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Enviada em: 06/11/2017

Até o século passado, existiam escolas ditas normais e escolas especiais. Hoje, o ensino inclusivo existem em parte das escolas, representando algumas das conquistas do mundo moderno. Porém, apesar  do avanço da sociedade, o despreparo das instituições, dos alunos  e dos agentes educacionais representa um desafio para o avanço e melhoria da formação acadêmica de surdos no Brasil. As diferenças, de certo modo, são vistas como fatores impedidores de integração social por várias pessoas. Entretanto, a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência, sancionada em 2015, e o ensino obrigatório de Libras em cursos de licenciatura, demonstram um claro desejo do Estado em acabar com preconceitos. Contudo, a realidade é que a falta de capacitação dos tutores e dos funcionários de instituições de todos os níveis torna o ambiente que deveria acolher o deficiente, em um local que reforça o sentimento de incapacidade e exclusão, uma vez que é deixado fora do plano principal. Além disso, há uma visão marcada por esteriótipos de que é o aluno que deve se adaptar aos padrões já estabelecidos no local de ensino, quando, na verdade, o que deve ocorrer é a flexibilização do sistema de modo que abrace a maior quantidade de diversidades possíveis. Como consequência indireta desse descaso, os próprios alunos observam a surdez pejorativamente, isolando os portadores dessa deficiência do convívio social e corroborando com as falhas que excluem e tratam a pluralidade como fraqueza, não como virtude. Pode-se perceber, portanto, que, como sugere Aristóteles, deve-se alterar o modelo atual para um que não exclua, mas que se adapte às desigualdades na medida que seja necessário para haver inclusão. Logo, faz-se preciso que o Ministério da Educação em conjunto com as instituições de ensino, forneçam cursos preparatórios para professores e auxiliares sobre Libras e o Sistema Braile, ensinando-os como interpretar e se expressar utilizando recursos tecnológicos assistivos para tornar o processo mais prático. Ademais, capacitar psicólogos e pedagogos para ofertar apoio aos alunos durante o período de adaptação, conscientizando contra a exclusão. Assim, formando profissionais preparados para lecionar de forma adequada e preparando alunos para a promoção de inclusão no convívio social, os desafios da educação de surdos serão superados.