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Enviada em: 06/11/2017

Na Roma Antiga, pessoas portadoras de alguma anomalia eram perseguidas e excluídas da sociedade, independente da classe social. Embora date de séculos passados, o acesso ao corpo social e a educação, principalmente para os surdos, ainda é uma dificuldade no Brasil contemporâneo. Nesse contexto, deve-se analisar como o poder público e a comunidade causam tal problema e como combatê-lo.         O poder público é o principal responsável pela restrição dos deficientes auditivos na educação do país. Isso porque, devida à falta de investimentos, muitas escolas do Brasil não possuem estrutura para atender as necessidades dos surdos, como educadores qualificados, tradutores e material didático especializado. Por conseguinte, grande parte dos estudantes com deficiência auditiva saem dàs escolas; segundo o Censo brasileiro de 2010, mais de 60% dos estudantes com alguma deficiência, não possuem ensino fundamental completo.        Além disso, nota-se, ainda, que a comunidade também dificulta o acesso à educação dos surdos. Isso porque, na pós-modernidade, as pessoas, conforme defendeu o sociólogo Zygmunt Bauman em sua obra “Amor Líquido”, buscam não se envolver em relações interpessoais. Dessa forma, o sentimento de solidariedade é substituído pelo individualismo e preconceito. Por consequência disso, pessoas com necessidades especiais são vítimas de bullying e segregadas no ambiente escolar. Lamentavelmente, esses indivíduos perdem o ânimo para estudar e são mais suscetíveis a desenvolverem traumas psicológicos.         Torna-se evidente, portanto, a eminência em cessar a problemática. Em razão disso, os gestores municipais e estaduais devem destinar verba para as escolas, que será utilizada para reformar a infraestrutura do local, contratar educadores qualificados, tradutores e comprar materiais didáticos, como livros em braile, com o fito de prover educação qualificada e incluir socialmente os deficientes auditivos no ambiente. Ademais, o Ministério da Educação deve disseminar nas escolas, palestras ministradas por educadores, com o objetivo de inteirar, pais e alunos, acerca da importância de aceitar as diferenças, e, dessa forma, mitigar atitudes preconceituosas e individualistas. Desse modo, construiremos uma sociedade mais igualitária e justa.