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Enviada em: 06/11/2017

Um dos maiores ícones da música clássica, Ludwig Beethoven, em seus últimos anos de vida produziu sinfonias - mesmo estando surdo - que até hoje são lembradas e apreciadas pelo público. Porém, fora do contexto musical, os deficientes auditivos no Brasil enfrentam sérios problemas e desafios para se integrarem no âmbito educacional e, muitas vezes, mesmo com o ensino superior completo, sofrem preconceitos e dificuldades para adentrarem no mercado de trabalho.   De fato, é dever do Estado exercer o papel de oferecer a qualquer indivíduo o direito à educação, consequentemente incluindo nesse regimento os deficientes auditivos. Portanto, as dificuldades para com os deficientes não estão apenas na falta de material didático e profissionais que os instruem nas escolas, mas também na falta de incentivo por parte dos familiares, que na maioria das vezes - por falta de orientação - deixam de lado a possibilidade de ingressar o deficiente em um órgão educacional.   Contudo, o Brasil caminha lentamente para a solução do problema. O preconceito presente no mercado de trabalho, impossibilita, na maior parte dos casos, que o surdo possa se adentrar e exercer a sua profissão, evidenciando que a população não está apta a enfrentar esse tipo de situação. Ademais, tal fato acarreta a uma certa resistência à inclusão social dos deficientes auditivos, pois a segunda língua oficial do país vigente por lei - lei 10.436 - não está sendo oferecida aos deficientes como forma de comunicação em todos os meios sociais.   Diante dos fatos supracitados, o Ines (Instituto Nacional de Educação de Surdos) em parceria com o Governo, deveria implantar campanhas que mobilizassem a população à uma tolerância e respeito aos surdos, atingindo também famílias de deficientes auditivos e as convencessem de que há meios eficazes de atendimento ao surdo nas escolas, para que assim as matrículas por parte dos mesmo pudesse aumentar.