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Enviada em: 06/11/2017

Segundo a Constituição Federal, em seu artigo 5º, todos são iguais perante a lei. Todavia, como podemos constatar por estudos do INEP, menos de 30 mil deficientes auditivos estão matriculados nas escolas brasileiras de ensinos básico e especial. O baixo número estatístico deve-se, principalmente, à falta de oferta de profissionais especializados e métodos inclusivos de ensino a esta população.             De fato, há mecanismos legais que incumbem o Estado de prestar assistência educacional ao surdo. Porém, a dificuldade de encontrar e treinar profissionais especializados na Língua Brasileira de Sinais é o maior entrave encontrado pelo governo para melhorar a formação destes alunos. Em Minas Gerais, a determinação da Secretaria de Estado da Educação é que esteja disponível ao menos um tradutor fluente em LIBRAS em cada unidade escolar. Não é o que ocorre. Em vários municípios não existe nenhum profissional com esta qualificação.             Não obstante, os métodos de ensino oferecidos ao deficiente são ineficazes, o que agrava o problema. Apenas a comunicação por sinais não garante a motivação necessária para que o aluno desenvolva o aprendizado. Faz-se necessária a inclusão de formas lúdicas de ensino, bem como a utilização de tecnologias multimídias visuais.             É pueril pensar que no Brasil todos são tratados como iguais. Torna-se imprescindível que o MEC fomente o aumento de profissionais especializados em LIBRAS, por meio de oferta de cursos de formação e na articulação com os estados e suas Secretarias de Educação. Cada estado pode destacar uma quantidade mínima de profissionais da sua rede para treinamento e capacitação, garantindo assim o cumprimento da nossa Constituição. Só assim poderemos garantir o aumento da qualidade de vida de toda a população deste país.