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Enviada em: 06/11/2017

A constituição brasileira de 1988 defende o amplo acesso à educação, porém esse direito não é efetivamente garantido para todos. Segundo o IBGE, quase 1/4 da população brasileira é portadora de alguma deficiência, sendo assim é preciso efetivar os direitos de acesso à educação também aos Portadores de necessidades especiais (PNEs). No caso dos surdos, o acesso à educação é limita pela falta de adaptação comunicativa, o que afeta sua autonomia e participação social, principalmente, no âmbito profissional.   É possível perceber um avanço brasileiro na garantia dos direitos dos PNEs com a aprovação do Estatuto da pessoa com deficiência, em 2015, porém ainda falta garantir na prática esses direitos. Nesse sentido, o sistema educacional não é preparado para inclusão dos surdos, faltam profissionais capacitados e recursos facilitadores da comunicação. Um exemplo da ineficácia na educação para os surdos é que apesar da Língua Brasileira de Sinais ser considerada a segunda língua oficial do país, nem todos os profissionais da educação são capacitados para tal comunicação.   Nesse contexto, o sociólogo Karl Marx discorre sobre a sociedade capitalista e afirma que o trabalho é um bem inalienável ao homem, visto que as relações sociais estão diretamente ligadas ao trabalho. Sendo assim, os surdos apresentam dificuldade de inserção no mercado de trabalho, devido à falta de educação básica e profissionalizante. Haja vista, apesar da lei brasileira  exigir de grandes empresas uma cota de vagas destinadas aos PNEs, por vezes essas não são preenchidas pela falta de profissionais capacitados.   Em suma, a dificuldade de acesso à educação para os surdos prejudica suas relações sociais, pois restringe sua autonomia e inserção social. Portanto, o Ministério da Educação deve criar uma disciplina para alfabetização em LIBRAS para todos os alunos do ensino fundamental, além de exigir dos profissionais da educação a formação adequada para comunicação em LIBRAS. Ainda, o Ministério do Trabalho, em consonância com o Ministério da Educação, devem exigir de todas as instituições de ensino superior o desenvolvimento de projetos voltados para profissionalização de pessoas com deficiência, garantindo assim a inserção dessas.