Enviada em: 06/11/2017

De acordo com Immanuel Kant, "o ser humano é aquilo que a educação faz dele". Nesse sentido, percebe-se a importância da formação educacional de qualidade para todas as pessoas. Infelizmente, no Brasil, os surdos nem sempre têm acesso a uma educação adequada às suas necessidades, tornando necessária a tomada de medidas para enfrentar o desafio.  Com a vinda da corte portuguesa para o Brasil, houve a fundação da Biblioteca Nacional, marco importante para o desenvolvimento da educação no país. Também, com a criação da Lei nº 13146, de 6 de julho de 2015, a educação passou a ser garantida como direito dos deficientes. Infelizmente, não se vê todos eles desfrutando do que lhes é garantido por lei, o que os impede de desenvolverem suas habilidades e terem autonomia. Além disso, os poucos que conseguem concluir algum curso superior ou técnico, na maioria das vezes não conseguem encontrar um emprego. De acordo com Gilberto Freyre, "sem um fim social, o saber será a maior das futilidades". De maneira análoga, pode-se observar que adquirir conhecimentos e não poder aplicá-los caracteriza algo a ser combatido.  Entretanto, a problemática é agravada por vários fatores. Um deles é a falta de escolas que realmente incluem os surdos, tanto na educação pública quanto na privada. Nesta última, pode-se explicar sua mazela aplicando-se o pensamento de Karl Marx segundo o qual a economia determina a sociedade. Como o número de surdos no Brasil é pequeno, adotar medidas que os incluem não trará lucros significativos para as instituições privadas, deixando os deficientes auditivos excluídos. Ademais, fatos históricos, como alguns deficientes sendo tratados como "amaldiçoados"  em muitas comunidades remotas e seu impedimento de participar da política na Grécia Antiga geram um preconceito existente até os dias de hoje, fazendo com que percam espaço no mercado de trabalho e, assim, fiquem desestimulados a frequentar instituições de ensino.  Portanto, medidas são necessárias para resolver o problema. Destarte, o Governo, na figura do Ministério da Educação, deverá instituir no currículo da educação básica aulas de Libras, a fim de fazer com que o surdo se inclua melhor na sociedade, podendo comunicar-se com todos. Ademais, o Poder Legislativo deverá discutir a criação de uma lei que preveja punições às empresas que recusarem os candidatos à vaga de emprego em função de sua deficiência, fazendo com que  ele se sinta estimulado a entrar em um urso superior ou técnico. Dessa maneira, os deficientes auditivos terão seus direitos garantidos na prática.