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Enviada em: 06/11/2017

Negligência. Segregação. Preconceito. Essas são palavras que denotam a realidade de muitos indivíduos surdos no âmbito escolar brasileiro, isso porque a inclusão ainda não ocorre de maneira efetiva. Nesse sentido, deve-se analisar como a precariedade do sistema educacional e a ausência de empatia por parte da sociedade civil contribuem para a perpetuação da problemática.   Em um do seus famosos poemas, o escritor Carlos Drummond de Andrade afirma: "no meio do caminho tinha uma pedra". Nesse viés, no caminho para a legitimação da educação inclusiva existe um grande obstáculo, a falta de capacitação dos profissionais de ensino para lidar com os deficientes, o que resulta em um aumento da evasão escolar. Ademais, embora haja a língua brasileira de sinais, esta não é inclusa na grade curricular de todas as escolas, consequentemente muitas pessoas crescem sem aprender como se comunicar com os surdos.   Outrossim, na série americana Atypical, o jovem autista, Sam, é visto como esquisito e inferior dentro da escola em que estuda. Nesse contexto, a realidade da população surda brasileira se assemelha, visto que as pessoas ainda têm dificuldade para conviver com as diferenças e acabam naturalizando o preconceito. Em decorrência disso e apesar de haver leis vigentes, os surdos são vítimas de inferiorização em diversas esferas da sociedade.   É possível perceber, portanto, que o desamparo escolar e a discriminação atrapalham o desenvolvimento educacional dos deficientes auditivos. Sendo assim, é necessário que o Ministério da Educação inclua Libras no ensino fundamental e médio, para que a população se aproxime dos surdos. Além disso, o Governo Federal deve assegurar recursos financeiros para ofertar materiais escolares que promovam e facilitem a interação e aprendizagem dos deficientes. Não obstante, o indivíduo deve buscar não reproduzir piadas e opiniões segregadoras. Dessa forma, a educação dos surdos brasileiros será mais inclusiva e sem pedras no caminho.