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Enviada em: 06/11/2017

Solidificação urgente     Um dos maiores nomes da música clássica é o do pianista internacionalmente consagrado Beethoven, que mesmo sendo portador de deficiência auditiva, foi capaz de compor músicas de alta complexidade e inteligência. Trazendo a questão da surdez para o Brasil e para a contemporaneidade, é indubitável reconhecer que as pessoas com tal deficiência não têm sido incluídas no que se refere à educação como deveriam, ficando totalmente à margem da sociedade.       Primeiramente, faz-se necessário destacar algumas causas de tamanha exclusão educacional. Como acontece na maioria dos casos, a família do portador não se encontra preparada a estimulá-lo adentrar no mundo das ideias, deixando de reconhecê-lo com um ser pensante e apto a aprender. Tal lógica é definida pelo sociólogo Zygmunt Bauman como liquidez humana, em que prevalece ações que exijam menor dificuldade de realização. Além disso, há um despreparo nas escolas no que tange à qualificação dos professores, fazendo com que os alunos em que tal ambiente se encontram, não consigam aprender como deveriam, levando à uma evasão escolar precoce.       É possível observar, também, o enorme preconceito dirigido à essas pessoas em todos os aspectos. Em escolas não-especializadas, muitas vezes o aluno deficiente é alvo de bullying e discriminação, levando-o a uma possível crise depressiva e desestimulando-o. Ademais, as empresas não querem - ou mesmo não estão aptas- a receber profissionais surdos, duvidando de sua capacidade cognitiva.      Torna-se evidente, portanto, que medidas são necessárias para a inclusão de deficientes auditivos na educação brasileira. Como afirmou o ativista de direitos humanos Martin Luther King: "Toda hora é hora de fazer o que é certo", sendo assim, começando no âmbito escolar, a escola poderia realizar palestras para pais, incentivando-os e esclarecendo-os de como podem ajudar seus filhos a perseverarem. A mídia poderia realizar campanhas e mostrar através de ficções engajadas o quão importante e necessária é a inclusão dos surdos. Ademais, o Governo deveria dar maior atenção na questão da qualificação profissional escolar, oferecer cursos de libras gratuitos e criar iniciativas público-privadas com empresas que contratem deficientes auditivos, além de fiscalizar regularmente as mesmas. Só assim veremos mais mentes brilhantes como Beethoven florescerem e garantiremos uma solidificação aos deficientes. Obs: Na minha prova do Enem, o último parágrafo não ficou tão desproporcional como aparenta aqui, fiz a letra um pouco menor, então ficou em um bom tamanho.