Enviada em: 06/11/2017

Immanuel Kant dizia que o homem é o que a educação faz dele, porém, no contexto brasileiro, o acesso à essa educação é desigual, apesar do fato de o país já ter carregado o slogan de pátria educadora. O ensino àqueles que possuem deficiência auditiva enfrenta demasiados empecilhos, esses que não são somente educacionais, mas também socioculturais.       Primeiramente, o preconceito para com deficientes de modo geral é comum na sociedade brasileira, pois muitos encaram essas limitações como sinônimo de incapacidade intelectual e social. Tal atitude restringe os portadores de necessidades especiais à uma vida de exclusão, enfrentada especialmente pelos surdos, ao associar as dificuldades de comunicação com ouvintes. Essa posição discriminatória é refutada nos quadrinhos infantis da Turma da Mônica, em que o personagem surdo-mudo Humberto convive normalmente com as demais crianças, demonstrando a possibilidade e a importância da inclusão desde a infância.       Além disso, a pequena difusão da Libras torna-se outro agente na dificuldade enfrentada pelos surdos. O número de escolas e colégios preparados com falantes da língua de sinais é restrito, assim como ocorre nos demais estabelecimentos educativos, como museus, teatros e parques. Dessa maneira, o acesso à educação e à cultura acaba sendo ainda mais limitado e precário, já que não é capaz de atender todos os grupos.       Portanto, fazem-se necessárias implantações no sistema educacional para que a comunidade surda possa ter uma educação de qualidade. Isso pode ser realizado com a contratação e capacitação de intérpretes de Libras, por meio da abertura de concursos para esses profissionais e cursos capacitadores para melhor atender os estudantes surdos em sala de aula. Ademais, pode-se implantar o ensino de Libras na educação infantil, para que as crianças saibam se comunicar e, dessa forma, incluir os surdos em suas relações. Assim, suros poderão ter as mesmas oportunidades que qualquer um, afinal, Kant disse que a educação é a responsável por formar o homem, então ela deve ser dada à todos, sem qualquer distinção.