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Enviada em: 06/11/2017

O educador brasileiro Paulo Freire mencionou que: “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. A partir desse pensamento, fica clara a importância das escolas para o desenvolvimento e crescimento social, principalmente para aqueles que possuem necessidades especiais, como os surdos. Nesse sentido, apesar de tais recursos serem fundamentais, os deficientes auditivos ainda convivem com uma grande falta de apoio, além do grave preconceito existente.  Visto isso, percebe-se que as escolas brasileiras não possuem a infraestrutura necessária para esses alunos, sendo grande parte disso, culpa do descaso público. Esse, que não dispõe de meios nem de profissionais capacitados para atender a demanda nacional. Dessa forma, vê-se um decréscimo de alunos matriculados, o que resulta numa grave exclusão social, de modo a confirmar a opinião de Paulo Freire a respeito das transformações sociais causadas pela educação.  Ademais, no Brasil ainda são comuns casos de preconceito e intolerância acerca dessas situações. Desse modo, muitos julgam tais indivíduos sem um conhecimento concreto por não conhecerem a realidade vivida pelos surdos, o que ocasiona em um afastamento do convívio social, provocado pelo medo da rejeição. É válido ressaltar, que caso as escolas estivessem preparadas, com intérpretes e o ensino da Libras, esses alunos poderiam ter o mesmo sucesso profissional que os demais, haja vista que ambos possuem as mesmas capacidades intelectuais e, por isso, deveriam ter assegurados os mesmos direitos.  Em resumo, muito ainda deve ser feito para que o país se torne, de fato, inclusivo para os surdos. Sendo assim, se faz necessário que o Ministério da Educação exija nas escolas a presença de intérpretes, além da inclusão da Libras como disciplina obrigatória, a exemplo do inglês, inclusive para os estudantes que possuem audição, não só para que os deficientes auditivos se sintam dispostos a se comunicar e conviver socialmente, mas também como uma forma de inserção desses demais alunos na realidade dos surdos.