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Enviada em: 06/11/2017

Desde o início do século XVI na Europa, houve um redimensionamento com relação a deficiência, passando de uma questão moral para uma abordagem médica. Entretanto, no Brasil, essa proposta chegou séculos depois, acarretando desafios para a formação educacional de surdos, não recebendo a devida atenção. Nesse sentido dois aspectos fazem-se relevantes: o despreparo da população e a ineficiência do Estado. Em primeira análise, o despreparo da sociedade é um fator preponderante para a manutenção de praticas sociais não igualitárias. Tal preposição é tratado pelo sociólogo zygmunt bauman que afirma na contemporaneidade vivemos relações fluidas devido a inconstância e rapidez em que processos e as relações se dão. Dessa maneira, quando um jovem ou adulto surdo tenta frequentar um âmbito escolar, cotidiano dentre outros, e vêm a sofrer piadas, comentários ofensivos ,discriminações - so assegura a teoria de bauman sobre a fragilidades das relações, haja vista, que isso gera uma insegurança e, até mesmo, medo de interagir socialmente novamente. Assim, é inadmissível que em um país democrático ocorra ainda tais práticas. Em uma análise mais aprofundada, nota-se o rompimento dos princípios igualitários na carta cidadã de 1988.Evidenciado pela ineficiência do Estado. Isso deve-se, a falta de maiores subsídios aos municípios, gerando uma não educação de qualidade, impossibilitando capacitações de professores e compra de recursos tecnológicos que facilitariam a comunicação. Dessa forma, É incabível que uma minoria fique sem o seu direito de se comunicar e, também , interagir com a comunidade. Em vista de toda problemática permeada pelos desafios na formação educacional de surdos no Brasil, portanto, medidas precisam ser tomadas. O Governo deve capacitar professores e mobilizar a sociedade na adoção de posturas pacíficas, por meio de maior disponibilidade de recursos de recursos financeiros, também fornecer cursos de aprimoramento a professores- para que repassem o conhecimento a sociedade, com auxílio de palestrantes formados em psicologia e agente civis mostrando seu posicionamento. Espera-se, com isso, ressignificar o modelo de modernidade líquida. Concomitantemente, as escolas devem introduzir o estudo da sociologia , analisando as pessoas afetadas nesse processo, por meio de diálogos , descontruindo praticas retrogradas de preconceito.