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Enviada em: 06/11/2017

Em Esparta, importante pólis grega na Antiguidade, todos os bebês que fossem concebidos com algum tipo de deficiência eram jogados de um penhasco - por serem considerados inaptos a realizar suas futuras funções sociais. Hoje, diversas conquistas foram alcançadas pelos deficientes ao redor do mundo, mas, no que tange a formação educacional dos surdos no Brasil, vigoram, ainda, desafios a serem combatidos.    A princípio, é importante elucidar que um dos principais problemas que impede a difusão dos métodos de ensino - a exemplo da Língua Brasileira de Sinais - é a má gestão do dinheiro público. O fato desconhecido por muitos brasileiros é: o Brasil nunca investiu tanto em educação como investe atualmente. Contudo, a rede de ensino pública, principalmente a fundamental, não exige formação em gestão educacional para os seus gestores, geralmente tal escolha é feita através de votos internos que acabam selecionando o gestor por empatia. Nesse contexto, minorias como os surdos, acabam ficando sem a devida atenção, em reflexo da falta de capacitação dos gestores. Prova disso foi o dado revelado pelo Ministério da Educação, no qual o número de surdos matriculados na educação básica decresce desde 2013.    Ainda em reflexo da má gestão, a falta de infraestrutura apresenta-se, também, como um problema sério. Segundo uma pesquisa realizada pelo movimento Todos pela Educação, apenas 4,5% das escolas públicas brasileiras possuem a devida infraestrutura para aulas normais. Sob essa conjectura, pode-se inferir que os alunos surdos são ainda mais atingidos. Tal problema mostra-se mais preocupante com uma recente pesquisa de Harvard, a qual afirma de 80% do aprendizado depende totalmente do ambiente escolar.    Diante do que foi exposto, percebe-se que o problema da má gestão precisa ser combatido. Portanto, com o objetivo de melhorar a gestão das escolas e, consequentemente, a acessibilidade dos alunos surdos, o Ministério da Educação deve tornar obrigatório a qualificação em gestão educacional, através de fiscalizações anuais - para impor seriedade à medida. Além disso, ONGs precisam incentivar os alunos das diversidades universidades a cursarem os cursos de Libras, que são ofertados como opção aditiva, com intuito de difundir essa língua tão importante para a acessibilidade dos surdos - tais incentivos podem ser feitos através de cartilhas.