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Enviada em: 06/11/2017

Ao longo da história, diversos casos de maus tratos a deficientes foram registrados: desde a Grécia Antiga, onde estes não eram considerados cidadãos, até o século XX, quando eram friamente executados durante a segunda grande guerra. No Brasil, os surdos, por exemplo, passaram a ter acesso à educação somente em 1857, e apesar de isso ser considerado um avanço, a educação, desde lá, começou a ser algo extremamente segregado, o que causa, até hoje, muito preconceito e gera desafios para a formação educacional dos deficientes auditivos.      Primeiramente, é necessário reconhecer que o Brasil tem lutado para que sua educação se torne mais inclusiva, já que em 2002, houve o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como segunda língua oficial do país. Todavia, não é comum que indivíduos não deficientes saibam se comunicar por meio desta linguagem, devido à falta dela na grade curricular do ensino médio ou até básico, e isto dificulta, tanto a comunicação, quanto o ensino em escolas não especializadas.    Tendo em vista essas dificuldades, uma de suas consequências é que os surdos deixem de frequentar o ambiente escolar, como afirma pesquisa realizada pelo INEP, em que os audiodeficientes têm se matriculado cada vez menos em escolas básicas nos últimos 5 anos. Nessa perspectiva, ao longo do tempo, mais surdos deixarão de ter uma formação estudantil, e as oportunidades de emprego para eles serão escassas, o que poderá aumentar o preconceito com esses grupos, já excluídos há muito tempo.      Seguindo essa lógica, é necessário que sejam tomadas medidas para incluir os surdos na educação e na sociedade brasileira. A escritora americana Helen Keller disse que “a tolerância é o resultado mais sublime da educação”, portanto, seria viável que o Ministério da Educação, em parceria com o Instituto Nacional de Educação de Surdos, promovessem o ensino de Libras em todos cursos com licenciatura nas universidades, para que os futuros professores da nação possam transmitir seus conhecimentos do idioma aos alunos, além de tornar mais acessível a formação educacional dos surdos no país. Assim, a população tornar-se-á mais tolerante e compreensiva em relação a deficiências, e os desafios que hoje são enfrentados, poderão, futuramente, ser vistos como um obstáculo superado pela educação brasileira.