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Enviada em: 06/11/2017

Desde a Grécia Antiga, o tratamento dado aos deficientes demonstra dificuldades em incluir tais pessoas à sociedade. Em Esparta, os bebês identificados com deficiência eram executados a fim de não prejudicar o aspecto militar da pólis. Atualmente, entretanto, compreende-se portadores de necessidades com igualdade, como assegurado pelo artigo 2º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o qual determina que todos os indivíduos têm direitos e não devem ser discriminados por suas particularidades. No entanto, embora a acessibilidade tenha sido desenvolvida, ainda é preciso trabalhar a inclusão. Nesse sentido, mostra-se essencial superar os desafios para a formação educacional dos surdos.       De acordo com o filósofo grego Aristóteles, a política utiliza as demais ciências para legislar, desse modo, sua finalidade deve ser o bem humano. Tal proposta é observado no Brasil, uma vez que a Constituição estabelece aos surdos o direito de participar da comunidade escolar. Contudo, apesar de as leis terem favorecido o acesso às instituições sociais, elas não garantem que os deficientes sejam incluídos nesses ambientes. Essa situação resulta na menos participação dessas pessoas, que pode ser observada nos dados divulgados pelo INEP, os quais mostram que o número de surdos incluídos na educação básica sofreu um decréscimo de 20% nos últimos seis anos. Diante disso, torna-se preciso abranger as políticas de modo a melhorar a inclusão de surdos na esfera educacional.       Ademais, é importante conceber que o preconceito aos deficientes se faz presente no cotidiano escolar. Segundo o sociólogo Émile Durkheim, fato social é uma característica da sociedade que é geral, coercitiva e exterior em relação ao indivíduo. Dessa forma, pensamentos que acusam a inclusão de atrasar o aprendizado das outras pessoas, além de incorretos, contribuem para tornar a intolerância um fato social. Esse cenário contribui para que os deficientes sofram exclusão. Dessa maneira, os surdos não apenas optam por desistir do processo educativo, bem como tornam-se propensos a desenvolver doenças como a depressão.       Conclui-se, portanto, ser necessário melhorar a inclusão dos surdos no ambiente escoar e desconstruir o pensamento intolerante. Para tal, é essencial que o Ministério da Educação estabeleça o ensino de Libras como obrigatório nas escolas, com o intuito de criar uma sociedade com pena capacidade de se comunicar com os surdos-mudos. Outra medida viável é a utilização da propaganda não somente para demonstrar o processo de inclusão e sua importância, como também incentivar a aceitação do deficiente. Faz-se preciso, pois, que a SECOM (Secretaria de Comunicação Social), em parceria com emissoras de televisão aberta, realizem a divulgação de campanhas publicitárias com tal propósito. Essas medidas permitirão incluir o deficiente no ambiente escolar e na sociedade.