Enviada em: 06/11/2017

Em meados do século XX, o escritor austríaco Stefan Zweig se refugiou no Brasil por motivo de perseguições nazistas sofridas na Europa. Ao se encantar com o novo lar, escreveu um livro cujo título se repete até hoje: " Brasil, país do futuro". Entretanto, quando se observa as dificuldades de inclusão e formação dos surdos no sistema educacional brasileiro, nota-se que a profecia de Zweig ficou apenas no papel. Desse modo, para solucionar a problemática, deve-se analisar suas causas.        Um dos principais problemas da formação dos cidadãos portadores da surdez, está na falta de qualificação dos professores pra lidar com tal especialidade. A dificuldade em se comunicar com os alunos se dá pelo desconhecimento da linguagem dos sinais, a Libras, por parte dos profissionais da educação, bem como, a forma de ensiná-la aos estudantes.       Ademais, a dificuldade de comunicação aumenta quando o indivíduo já nasce portador da deficiência. Ou seja, como nunca ouviu, consequentemente, não saberá se comunicar através da voz, dificultando o trabalho do professor. Portanto, exige-se uma maior complexidade para ensinar a Libras aos indivíduos com surdez inata. O que poderia ser amenizado se o conhecimento dessa língua fosse difundida pela população. Assim, os próprios pais poderiam dar início a alfabetização de seus filhos nesse quesito.      Desse modo, constata-se o desconhecimento de grande parte da sociedade brasileira a respeito da linguagem dos sinais. Logo, para atenuar este problema, o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, deve investir na formação de educadores preparados e com total conhecimento da Libras, e principalmente, do método didático para ensinamento da linguagem para pessoas de diferentes capacidades. Além disso, deve-se também, incluir a Libras como matéria pertencente ao currículo escolar, desde o ensino primário, até as escolas de ensino médio, a fim de tornar toda uma população apta à comunicação. Somente assim, a profecia de Zweig poderá se tornar realidade.