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Enviada em: 06/11/2017

De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um ?corpo biológico? por ser, assim como esse, composta de diversas partes que interagem entre si. Nesse contexto, segundo a comparativa de Durkheim, a dificuldade na garantia de uma formação educacional para os surdos, pode ser vista como uma doença, que, como qualquer outra, deve ser diagnosticada e tratada. Dessa forma, há fatores que devem ser exaltados, como a falta de estrutura adequada aos surdos, e também, a dificuldade do ingresso ao mercado de trabalho por eles. Em primeira análise, cabe pontuar que embora a Constituição Federal garanta aos deficientes auditivos o direito de uma formação educacional, assim como qualquer outro indivíduo, é notório que a aplicação dessa garantia sofre com diversas limitações. Uma prova disso está no gráfico divulgado pelo INEP, no qual expõe números cada vez menores, desde 2012, de matriculas de surdos em instituições de ensino, incluindo escolas comuns e também, as especializadas. Esse decréscimo comprova que há dificuldades na inserção desses indivíduos no ambiente educacional. Ademais, convém frisar que mesmo formados, os deficientes auditivos sofrem preconceito na busca de emprego, perdendo espaço, independentemente da formação, para indivíduos com audição regular. Esse, dentre outros obstáculos, desmotiva o surdo, ainda jovem, de procurar por uma formação qualificada, provando a ineficácia do Estado na promoção dessa inclusão. Destarte, medidas devem ser tomadas para resolver a problemática. O Ministério da Educação deve, assim como consta na Carta Magna do país, disponibilizar instituições qualificadas de ensino diferenciado aos surdos. Além disso, incluir o ensino de libras na grade básica de educação, e disponibilizar, na sala de aula, um segundo professor, especializado na linguagem de sinais, são ótimas maneiras de promover a inclusão, sem interromper a dinâmica na classe. Outra medida necessária é a criação, pelo Governo Federal, de uma lei que reserve empregos destinados aos surdos de acordo com o número total de funcionários de uma empresa e também, no setor público.