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Enviada em: 06/11/2017

O direito à educação é assegurado a todos os cidadãos brasileiros pela Constituição de 1988. Entretanto, essa não é a realidade brasileira, visto que boa parte da população, como os deficientes auditivos, infelizmente, enfrentam dificuldades para o pleno acesso à educação. Diante disso, é necessário analisar a falta de estrutura inclusiva eficiente no sistema educacional brasileiro, e o papel do governo e da sociedade nessa formação.       Embora haja leis e projetos governamentais que busquem dar livre acesso à educação aos surdos, eles ainda são ineficientes e não conseguem abraçar todo esse grupo. Isso decorre pela falta de investimentos eficientes nesses projetos, somado ao debilitado sistema educacional brasileiro. Assim, boa parte da população tem seus direitos feridos e não conseguem exercer plenamente sua cidadania.       Por essa falta de investimento do Governo Federal, o Ministério da Educação (MEC), não é plenamente capaz de dar suporte e assistência às escolas e aos professores para que a educação inclusiva seja uma realidade. Em detrimento disso, na maioria das escolas não há professores capacitados para dar aula na língua brasileira de sinais, libras, mesmo que ela seja oficialmente reconhecida como segunda língua brasileira desde 2002. Ademais, a população não demonstra interesse em aprender libras para ajudar na formação educacional do jovem com deficiência auditiva, embora a sociedade tenha papel fundamental na formação educacional e cidadã do jovem. Isso foi alertado pelo sociólogo Zigmunt Bauman, quando ele afirma que vivemos em tempo de modernidade líquida, isto é, as relações sociais são frágeis e não conseguem se sustentar, evidenciando o individualizamo vigente.       Urge, portanto, que o governo e a sociedade, como um todo, trabalhem juntos para que a educação seja democratizada. Assim, cabe ao Governo Federal, por intermédio do MEC, que invista em unidades escolares de educação inclusiva, e que crie bolças de estudos para que professores se formem em libras e possam lecionar assim. Ainda, cabe ao MEC, que crie uma disciplina nas escolas que ensinem a todos os alunos a língua brasileira de sinais, afim de democratizar o escolar e preparar a sociedade para o surdo. À sociedade, que se mobilize em mutirões e ONGs para que seja discutido a democratização à educação, e para que se crie consciência social a base da conversa e pela quebra de preconceitos. Assim, a plena formação educacional de surdos poderá ser uma realidade brasileira.