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Enviada em: 06/11/2017

A Constituição Federal de 1988 estabelece que a educação é direito de todos os brasileiros. No entanto, a falta de capacitação profissional dos educadores e de infraestrutura das escolas, juntamente com os preconceitos da sociedade, impedem que os deficientes auditivos usufruam desse direito na prática. Com efeito, não é razoável que os surdos continuem enfrentando esses problemas durante sua formação educacional.        Em primeira análise, cabe pontuar que o processo educacional das pessoas que não ouvem é comprometido quando os profissionais da educação e as instituições de ensino não são capacitados para ensiná-los. A esse respeito, Zygmunt Bauman, na obra Modernidade Líquida, afirma que por manterem seu formato a qualquer custo, e não se adaptarem ao que é preciso, perdem sua funcionalidade e elencam problemas aos indivíduos. Destarte, fica explícita a necessidade de mudanças na autual situação da educação de deficientes auditivos.       Outrossim, deve-se ressaltar que os preconceitos inerentes da sociedade brasileira também impossibilitam que a educação dos surdos seja efetiva. Por precisarem de apoio especial, os estudantes privados de audição acabam sendo alvos de bullying e discriminação. Por conta disso, vê-se que é necessárioeducar a todos com base no respeito, pois como disse Hellen Keller, primeira pessoa surda a se graduar bacharel nos Estados Unidos, o resultado mais sublime da educação é a tolerância.       Urge, portanto, que medidas sejam tomadas para que os surdos gozem plenamente do direito à educação. Nesse contexto, o Ministério da Educação deve capacitar os educadores, por meio de cursos de Libras, a fim de que eles se tornem aptos a ensinar os estudantes que não possuem audição. Além disso, o Governo Federal deve conscientizar a população a respeitar as diferenças, mediante a campanhas publicitárias, com a finalidade de torna-la mais tolerante. Tais medidas são importantes pois facilitarão o processo educacional da população surda.