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Enviada em: 07/11/2017

O pensamento Durkheimiano reza que a sociedade deve funcionar conforme um organismo biológico, de modo que se uma área falhar, toda a população é afetada. Destarte, a formação de deficientes auditivos no processo de globalização é deficitário. Nesse cenário, é salutar discutir acerca do preconceito enfrentado por essa classe populacional e da incúria governamental em promover métodos para a inclusão social desses cidadãos.        Mormente, frações da sociedade brasileira não veem com bons olhos a formação de surdos para o mercado de trabalho. Nessa conjectura, o preconceito e a ausência de empatia por parte do corpo social brasileiro são fatores que propiciam a exclusão das pessoas desprovidas do senso auditivo e, assim, acarretando a formação de uma sociedade desarmônica. Nessa linha de raciocínio, Albert Einstein já parecia saber das mazelas enfrentadas por essas pessoas desiguais, visto que, ele dissertava sobre tal empecilho: “É mais fácil desintegrar um átomo, do que um preconceito.”       Outrossim, a inabilidade do Estado em promover campanhas e políticas que objetivem a formação de pessoas surdas mostra-se como outra mazela. Por esse viés, embora existam diplomas legais que preconizem sobre os direitos de pessoas com deficiência auditiva, os governos não possuem efetividade em desenvolver a formação de pessoas surdas, visto que, é comum observar a falta de oportunidade no mercado de trabalho enfrentada por esses indivíduos. Como resultado, essa problemática converge para o fenômeno do “cidadão de papel” descrito por Gilberto Dimenstein, escritor brasileiro, uma vez que a cidadania está no papel, mas na prática não existe.       Nesses contextos, portanto, são necessárias atitude que mitiguem essas situações. Diante disso, as escolas, em parceria com o Ministério da Educação, devem realizar reuniões de pais, alunos, sociólogos e pedagogos explicando sobre as dificuldades enfrentadas pelas pessoas surdas e estimulando a desconstrução de preconceitos para com esses cidadãos. Ademais, é imperioso que o Governo Federal, por meio do Ministério da Fazenda, conceda incentivos fiscais às empresas privadas que contratarem pessoas com deficiência auditiva. Sob tais iniciativas, ter-se-á uma sociedade livre, justa e solidária, conforme prevê a Carta Magna de 1988.