Materiais:
Enviada em: 08/11/2017

Dia 26 de setembro comemora-se no Brasil o Dia do Surdo. Nesta data no ano de 1857, foi criada a primeira escola para a educação de garotos surdos, visando a inclusão deles na sociedade. Contudo, 160 anos após a criação desta instituição, pessoas com deficiência auditiva ainda enfrentam desafios para acessar a educação no Brasil, o que prejudica o desenvolvimento intelectual e social destes cidadãos. As pessoas surdas fazem parte de aproximadamente 30% da população brasileira que possuem algum tipo de deficiência e que enfrentam o desafio de ter acesso pleno à seus direitos, no caso, a educação. Não são todas as escolas que têm educadores que saibam lecionar em libras, o que dificulta o aprendizado dos alunos com necessidades especiais. Este obstáculo desencoraja esses jovens à frequentarem o ambiente escolar, como evidencia uma pesquisa realizada pelo Inep, que revela que no período de 2012 a 2016 quase dez milhões de surdos deixaram de frequentar classes de aula comuns, onde surdos convivem com pessoas sem a deficiência. Logo, a falta de preparo de profissionais da educação afeta o desenvolvimento intelectual de deficiêntes auditivos. Além do desenvolvimento intelectual, a sociabilidade também é comprometida. Debates, seminários e apresentações em grupo são exemplos de atividades escolares que surdos são marginalizados, não por suas capacidades, mas porque as outras pessoas não são aptas à comunicação em libras. Apesar que em 2002 a Língua Brasileira de Sinais ter sido reconhecida como segunda língua oficial do país, não são todos os cidadãos que saibam se comunicar através dela. Dessa forma, a formação educacional de surdos pode ser prejudicada pela falta de comunicação proporcionada pelo desconhecimento da Libras por parte da população Torna-se evidente que deficientes auditivos enfrentam problemas ao longo de suas formações educacionais, e esta realidade deve ser mudada. O Ministério da Educação junto com o Ministério do Trabalho pode promover cursos de Libras para todos que trabalham com educação, desde o diretor das instituições de ensino até os inspetores, a fim de não comprometer em nenhum nível o aprendizado de surdos. O MEC também pode adicionar Libras na grade escolar com o propósito de ensinar o segundo idioma oficial do Brasil para um número maior de pessoas, para que assim, deficientes auditivos não sejam segregados socialmente.