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Enviada em: 06/11/2017

Preconceito, discriminação, exclusão social: situações que foram corriqueiras na vida de pessoas surdas ao longo da história humana. Hoje, no Brasil, há políticas de inclusão social, pois sabe-se que o surdo é um indivíduo plenamente capaz de desenvolver habilidades comunicativas e ser produtivo na sociedade. Para isso, a educação inclusiva em todos os níveis de estudo é de fundamental importância e um franco  desafio a ser enfrentado.         O Brasil possui uma legislação avançada no que diz respeito ao direito das pessoas com deficiência. Em 2015 foi sancionado o Estatuto da Pessoa com Deficiência, o qual inclui o direito à educação bilíngue para surdos, tendo Libras como língua principal. Na educação básica, já é realidade a educação especial para surdos até mesmo em escolas comuns. Porém, no ensino superior, apesar das cotas para ingresso, as condições de formação ainda são muito limitadas. Segundo a Confederação Nacional dos Surdos, o número de pessoas surdas com formação superior no país ainda é baixíssimo.         Muito embora a Língua Brasileira de Sinais já seja considerada um língua oficial desde 2002, há pouca difusão entre pessoas não surdas, o que dificulta a comunicação  e consequentemente a inserção de surdos no mercado de trabalho e meio acadêmico. Difundir o conhecimento de Libras a toda a população é indispensável para realmente incluir as pessoas surdas em todos os espaços da sociedade, garantindo mais justiça social e cumprimento do princípio da igualdade previsto na Constituição Federal.          Portanto, uma medida interessante, por parte do MEC, seria a oferta da disciplina de Libras obrigatória no currículo da educação básica e superior, além da formação para todos os professores, servidores públicos e trabalhadores do ramo educacional. Isso melhoraria, a longo e médio prazo,  as condições de acessibilidade para melhor formação dos surdos, seguindo a ideia que pregava Paulo Freire: a educação deve ser um elemento transformador da sociedade.