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Enviada em: 06/11/2017

A Constituição de 1988, norma de valor máximo na hierarquia brasileira, determina ser dever do Estado prover educação de qualidade a pessoas com deficiências, sejam elas auditivas, visuais, cognitivas, entre outras. Somando-se a isto, foi aprovada, em 2002, uma lei que reconhecia a linguagem de sinais como a segunda língua oficial do país, o que supostamente ajudaria na integração de deficientes auditivos na sociedade. Entretanto, pode-se observar que a formação educacional de surdos ainda é um desafio no Brasil, seja pela precariedade das escolas exclusivas, seja pela negligência das escolas comuns. Em 2017, fazem cento e sessenta anos da inauguração da primeira escola de educação para meninos surdos. Contudo, a situação de crianças com deficiência auditiva não mudou tanto quanto se esperava. Atualmente, observa-se um completo descaso do governo para com as escolas exclusivas, com instituições caindo aos pedaços e sem vagas suficientes. Esta realidade faz as famílias de crianças surdas optarem por escolas "padrão" em  busca de melhor qualidade. Em segundo plano, verifica-se algumas das escolas comuns que aceitam alunos deficientes realmente trabalhando para fazê-los se sentir incluídos. Todavia, são poucas as instituições que fazem isto, pois a maioria não possui infraestrutura ou profissionais capacitados para tal. Assim os alunos surdos acabam não se adaptando ao método de ensino e podem chegar a não desenvolver uma primeira língua definitiva por não terem tido contato suficiente com libras. Conclui-se, portanto, que adquirir uma formação acadêmica satisfatória e inclusiva é extremamente difícil para surdos no Brasil. Sendo assim, se faz necessário um pesado investimento nas escolas exclusivas existentes, para melhorar a qualidade de ensino para deficientes auditivos, o que pode ser feito pelo Ministério da Educação em parceria com os governos estaduais. Além disso, é de extrema importância incluir libras no currículo de professores, para toná-los mais capacitados para lidar com alunos deficientes. Por fim, é urgente que o Ministério da Educação considere incluir libras no ensino fundamental, pois isso ajudaria na melhor integração dos alunos surdos.