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Enviada em: 06/11/2017

"No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho." Assim como, no poema de Drummond, muitos portadores de deficiência auditiva encontram em seus caminhos obstáculos. Tal situação se agrava quando não são aceitos na sociedade, principalmente pelo preconceito, o qual gera desestímulo pela realização pessoal ou profissional.    Em primeiro lugar, é importante ressaltar o preconceito como um fator de rejeição. No livro, "Vidas Desperdiçadas", o sociólogo Zygmunt Bauman fala sobre o refugo humano, caracterizado por ser o que é rejeitado, essa colocação pode ser atribuída aos deficientes auditivos quando não têm ofertas de emprego mesmo possuindo qualificação profissional. Diante disso, surge o desgosto e a falta de estímulo pela formação educacional.    Ademais, a exiguidade nas vagas para trabalhar faz com que muitos surdos sintam-se sem motivação para o estudo, visto que não vão conseguir exercer o labor independente de suas conquistas educacionais. O fato citado, é comprovado pelo declínio nas taxas de estudantes na Educação Especial, que segundo dados do Ministério da Educação diminuíram em torno de 25% nos últimos anos. Dessa forma,é fundamental a busca por elementos que auxiliem na resolução desse impasse.    É necessário, portanto, que o Ministério do Trabalho atue na fiscalização das empresas, visando a adequação do número de vagas para os portadores de deficiência, a fim de garantir que haja mercado de trabalho para esses profissionais. Como também, que o Governo junto com o Ministério da Educação promovam campanhas contra o preconceito nas instituições e estimulem os estudantes da Educação Especial a busca pelo conhecimento, pois a luta é pedagógica.