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Enviada em: 06/11/2017

Do som para o olhar        A formação integral se dá não apenas nos conteúdos do intelecto, mas também nos do corpo. Desse modo os sentidos são fatores importantes da formação, porém na história brasileira o som prevaleceu sobre a imagem, assim o potencial daquilo que é visual ainda é deixado de lado. Portanto, a promoção por parte do poder público de competições em que se recompensaria os alunos e as instituições que demonstrassem conhecimento da LIBRAS seria o inicio de um caminho de mudança.        O Brasil é historicamente ligado ao poder de transformação do som. Durante o período da ditadura militar grandes movimentos políticos ocorreram através da música, como é o caso do tropicalismo de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Entretanto, devido a reflexão dos concretistas, iniciou-se uma ampliação na percepção estética dos artistas, em que a visualidade e a sonoridade misturavam-se e permitia inovações, haja visto a música de inspiração concretista Bat Macumba.      Não obstante, a imagem ainda é marginalizada pelo som. Essa afirmação é evidente quando, por exemplo, se observa movimentos que impedem uma exposição, como ocorreu em Porto Alegre, com a alegação de que algumas obras não devem ser vistas. Isso acontece pois para a fruição da obra visual é necessário uma abertura ativa ao externo, já a sonora, diferentemente, nos invade passivamente. Há uma interferência do indivíduo na obra visual e até, como algumas obras contemporâneas problematizam, uma associação entre obra e espectador.       Portanto, levando em conta as particularidades das sensibilidades humanas o poder público, em todos os âmbitos, deve promover o seu desenvolvimento. Então, a fim de incentivar a sensibilidade visual e, concomitantemente, difundir a LIBRAS, o Ministério da Educação com apoio das secretarias municipais e estaduais de educação poderia criar competições regionais e nacionais de conhecimento da língua, sendo que os alunos e as instituições ganhadoras fossem premiadas.