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Enviada em: 06/11/2017

No Paquistão, em meados de 2011, a jovem Malala Yousafzai foi vítima de assassinato, em razão de buscar acesso à educação, contrariando a misoginia da ordem vigente. No Brasil, esse modelo de segregação acontece de forma análoga, visto barreiras sociais impedem a inclusão de deficientes auditivos nas escolas. Com isso, emerge o desafio de cumprir as cláusulas pétreas e desconstruir a margilinização social.    A princípio, é evidente que a problemática é consequente de rupturas das normas constitucionais. Segundo os postulados aristotélicos, deve-se buscar, por meio da justiça, o equilíbrio na sociedade. Todavia, embora a Carta Magna do país tenha leis justas, as quais afirmam que todos os surdos tem acesso a educação de qualidade, não há no pais instituições educacionais capacitadas para esse fim. Bom exemplo disso são os índices divulgados pelo Inep, nos quais dos aproximadamente 26 milhões de alunos surdos, apenas 5 milhões estão matriculados em classes especiais. Por conseguinte, grande parcela desses deficientes estão submetidos a escolas normais, onde não há um preparo do professor e nem recursos visuais para seu aprendizado, logo dificultando a educação dos deficientes.   Convém frisar, ademais, que de acordo com Zigmund Bawman, sociólogo polonês, uma das características da modernidade atual él o individualismo. Nessa perspectiva, é claro egocentrismo social, na medida em que não dispõem, nos meios de comunicação e em palestras educativas, tradutores de libras, assim privilegiando parcela da população. Por conseguinte, não há disseminação dessa variante linguística no pais, mesmo que seja a segunda língua oficial do país. Sendo assim, o acesso à informação  é exclusivo de pessoas sem deficiência.  Destarte, medidas urgentes sao necessárias para reverter a situação. Nesse sentido, o Governo Federal deve estabelecer nas universidade uma matriz curricular fixa de ensino em libras, para cursos de licenciatura, a fim de preparar os professores para lidar em sala de aula. Alem disso, cabe a midia e as demais palestras educativas terem o dever de apresentarem tradutores de libras em suas programações. Feito isso, o Brasil se diferenciará do Paquistão e garantirá a inclusão educacional de todos os cidadãos.