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Enviada em: 06/11/2017

Educação (in)democrática      Exclusão social, infraestrutura inadequada e carência de materiais didáticos. É perceptível que a educação de deficientes auditivos não tenha atingido uma efetiva democratização no país vigente. Dificultando progressivamente a ascensão social desses indivíduos, a problemática permanece inercial, seja pelo descumprimento de cláusulas pétreas, seja pela ausência de ideários que tangem a ética e moralidade.        Precipuamente, é válido memorar preceitos que caracterizam-se como estopim desse impasse. "As Instituições Zumbis" - dissertadas mormente pelo polonês Zygmunt Bauman em sua tese "Modernidade Líquida" - são estruturas que, ao passo que se condensa a sociedade individualista pós-moderna, dissociam-se de seus valores, restando somente os alicerces estruturais. Seguindo tal raciocínio, um dos maiores desafios encontrados na formação educacional de surdos na contemporaneidade brasileira são encontradas nas instituições - precárias - de ensino (difundidas em toda nação) que, geralmente, carecem de materiais apropriados e professores essencialmente preparados.        Ademais, falhas constitucionais corroboram para constância dessas transfigurações. Já pautada na Constituição Federal, é dever do Estado assegurar todos os direitos factuais à pessoas com deficiência, garantindo a ela uma educação amplamente defendida por Paulo Freire, ou seja, capaz de oferecer o desenvolvimento intelectual voltado para todas as suas habilidades e qualidades, sejam elas físicas ou mentais. Entretanto, ao analisar as vigentes posições que surdos e surdas ocupam no mercado de trabalho hodierno, percebe-se que esses artigos não são respeitados na prática, caracterizando, assim, um grande desafio. Embora caótica essa situação é mutável.        Dessa forma, cabe a tríade vigente solucionar medidas que amenizem a problemática. Sendo assim, é imperativo que o Governo Federal, específico em seu Ministério da Educação, atualize a Matriz Curricular das instituições e, por meio de leis, assegurar a implementação afetiva da Língua Brasileira de Sinais, além de implementar melhores materiais e equipamentos tecnológicos assistivos. As famílias devem incentivar os membros deficientes ir a centros de ensino sociais. Assim, poder-se-á democratizar a educação, fazendo do Brasil um Estado amplamente democrático.