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Enviada em: 06/11/2017

Criada em 1857, a primeira escola para surdos do Brasil surgiu como um marco na história da educação voltada a essa para parcela da população. Já nesse século, porém, a formação educacional dos deficientes auditivos enfrenta diversos desafios. Fatores como a ausência de profissionais capacitados que auxiliem os surdos na escola e a falta de incentivo à educação são alguns dos principais problemas encontrados.     Em primeira instância, a ausência de profissionais da educação que atuem traduzindo as aulas para a Língua Brasileira dos Sinais, as Libras, contribui diretamente para o abandono dos estudos por grande parte dos deficientes auditivos. Diante desse cenário, a pouca importância dada à formação educacional dessa parcela da população torna-se evidente. Prova dessa pouca importância é a Língua Brasileira de Sinais ser reconhecida como 2ª língua oficial do país apenas em 2002, mais de 100 anos após a criação da primeira escola para meninos surdos.     Além desse fator, atrelada aos problemas já discutidos, a falta de medidas que incentivem o aluno surdo a estudar também é um grande desafio. Segundo uma pesquisa realizada pelo Inep, o número de surdos matriculados na educação básica caiu progressivamente no período de 2012 a 2016. Nessa situação, não só a formação escolar e profissional dos deficientes auditivos fica comprometida, mas também sua formação como pessoa , pois, como já dizia o filósofo Immanuel Kant, "o homem é aquilo que a educação faz dele".    Os desafios enfrentados pela população surda na esfera da educação, portanto, são inúmeros no Brasil. Diante disso, o Governo deve atuar na implantação de uma lei que torne obrigatória a presença de uma sala especializada para alnos surdos nas escolas, sendo elas públicas ou particulares, que contenha profissionais capacitados a traduzir o conteúdo aplicado em sala de aula para a linguagem dos sinais, além da criação, também, de cursos gratuito para essa capacitação. Ademais, a população pode atuar na realização de palestras e gincanas, por meio de psicólogos e professores, que conscientizem pais e alunos acerca da formação educacional dos surdos, promovendo respeito e incentivo à matrícula dessa parcela da população na educação básica.