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Enviada em: 08/11/2017

No romance distópico "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley, os seres humanos eram condicionados a terem o biótipo perfeito para a já determinada função que exerceriam no mundo. Entretanto, enquanto a sociedade brasileira preza pela liberdade de escolha nesse âmbito, é preciso garantir mecanismos funcionais de educação para deficientes, como os surdos, de modo a garantir sua inserção na mesma.        A falta dessas ferramentas de inclusão é fruto de uma formação histórica na qual, desde a Antiguidade, o deficiente era visto como indigente, sendo marginalizado e abandonado à própria sorte, apesar de ser o que necessita mais de apoio por parte da sociedade. No Brasil, apesar de claros avanços em relação ao modo como são tratados, como o Lei nº 13.146 de 2015 que, em teoria, garante direitos aos surdos, eles ainda carregam o estereótipo de serem incapazes, gerando mais preconceito contra os mesmos.       Além disso, um dos principais desafios para a inserção social dos deficientes auditivos reside na própria educação. Se para Kant ela é essencial para que se atinja a maioridade, os surdos têm mais dificuldade nisso, devido à falta de turmas e até de professores que se comuniquem na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Ademais, também são raros os colégios que ensinam a mesma para seus alunos, dificultando a interação dos deficientes auditivos com outras pessoas e assim, reduzindo suas possibilidades de crescimento na vida.        Toda essa exclusão e preconceito acaba por afastar esse grupo da educação, como percebido pelo número decrescente de classes especiais no Brasil. Portanto, cabe ao MEC e às secretarias estaduais e municipais de educação que atendam a população surda, capacitando professores e promovendo o ensino de Libras nas escolas, de modo a facilitar a inclusão desses deficientes na sociedade. Às empresas, que contratem surdos e capacitem seus empregados a lidarem com essa nova realidade. Assim, as necessidades de todos serão atendidas.