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Enviada em: 06/11/2017

O sociólogo Émile Durkheim comparou a sociedade a um "corpo orgânico", que possui partes diferentes, mas que são dependentes uma das outras. Quando priva-se um deficiente auditivo de conseguir ingressar numa escola ou faculdade, pode-se dizer que isso atua como um tumor nas relações sociais, não integrando, assim, os segmentos do "corpo biológico", impedindo o funcionamento de todas as partes.         Além disso, quando é negada a oportunidade a um surdo de se escolarizar, impede-se também que o mesmo possua ferramentas para construir o seu futuro - formação profissional e inserção no mercado de trabalho que vai garantir condições para o mesmo formar uma família. Para tal, em 2015, a Lei nº 13.146 foi criada, assegurando aos portadores dessa deficiência o direito à educação, que segundo Nelson Mandela, é a melhor arma que alguém pode possuir.        Entretanto, pesquisas divulgadas pelo site G1 mostram que ao longo dos anos o número de matriculados têm diminuido. Isso pode ser justificado não só pela falta de acesso a institutos educacionais que possuam educação especial, mas também pelo preconceito e bullying que é praticado com os diferentes, fazendo com que os mesmos temam a violência física que pode também acarretar problemas psicológicos. Para Jean-Paul Sartre, todo tipo de violência é considerada uma derrota, e isso é evidentes no Brasil quando o futuro de alguém se torna incerto pelo medo de ser atacado fisicamente ou verbalmente.       Dessa forma, é imprescindível que medidas sejam tomadas. Logo, cabe ao setor Legislativo a tarefa de criar leis mais eficazes e que obriguem escolas e universidades a possuírem uma educação que atenda aos surdos (uso de linguagem de sinais e livros em braille). É cabível também o uso de punições com multas para os que não cumprirem as leis ou não aceitarem algum aluno por causa da deficiência, visando a entrada dessas pessoas no ciclo educacional de na vida social. Só assim a ligação entre os segmentos do "corpo vivo" de Durkheim será feita.