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Enviada em: 06/11/2017

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948 pela ONU, assegura aos indivíduos o direito ao tratamento igualitário. Entretanto, dados do INEP revelam que essa realidade não se faz totalmente presente em terras tupiniquins, uma vez que o número de alunos com deficiência auditiva matriculados em instituições de ensino caiu nos últimos 5 anos. À luz disso, faz-se indispensável entender as causas e os efeitos dos desafios para a formação educacional de surdos no Brasil, a fim de que o Estado altere o quadro vigente.   Segundo o sociólogo Émile Durkheim, o organismo social consiste na teoria de que cada esfera da sociedade exerce papel fundamental para a manutenção do equilíbrio coletivo. Sob essa ótica, contudo, nota-se que os órgãos estatais rompem com essa harmonia, haja vista que, dados do Ministério da Educação mostram que os investimentos em educação são menores que 10% do Produto Interno Bruto. Por consequência, as instituições educadoras carecem de meios para exercer a plena inclusão dos alunos surdos, tais como a ausência de professores que usem a linguagem de sinais. Desse modo, vê-se a importância de repensar os investimentos do país, por parte dos órgãos governamentais, com a finalidade de trabalhar essa lógica excludente.   Outrossim, é indubitável que o preconceito quanto aos alunos com deficiência auditiva constitui-se como fator impulsionador da problemática. Segundo Bauman, em "Modernidade Líquida", o individualismo é característica regente na sociedade pós-moderna. Nesse âmbito, nota-se que, um aluno com surdez, quando alvo de preconceitos e discriminações por colegas de classe, tende a abandonar os estudos. Por consequência, há o aumento da evasão escolar e exclusão social referente aos surdos. Desse modo, é imperioso que a Escola adote uma postura, a fim de vislumbrar melhores perspectivas.   Entende-se, portanto, que os desafios para a formação educacional dos surdos configuram-se como um problema, carente de solução. Cabe ao Governo, por meio de reajustes orçamentários, viabilizar mais verbas para a educação, a fim de promover a inclusão social dos alunos surdos com a efetiva educação. Além disso, é papel do MEC capacitar os professores, por meio de cursos de formação online de libras, objetivando, com essa prática, construir um espaço democrático de ensino para os alunos com surdez, livre de preconceito ou discriminações.