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Enviada em: 06/11/2017

É incontrovertido os avanços que o sistema educacional inclusivo tem obtido nas últimas décadas. Entretanto, não obstante, devido a insuficiências em âmbitos governamentais e ideológicos a problemática ainda se instala - viabilizando infortúnios retrógrados e inerciais a serem erradicados.     Primordialmente, é válido ressaltar que a morosidade governamental em relação aos mecanismos em prol dos surdos ainda é assídua na modernidade. Tal questão é observável, por exemplo, no número de intérpretes que muitas escolas dispõem, conforme explicitado pela FGV, apenas 1 para cada 67 surdos que estudam em escolas públicas. Decerto, embora a lei 10.436 tenha se tornado um progresso na realidade brasileira, a inércia política na priorização de recursos não muito essenciais tem corroborado o ciclo de evasões e analfabetismo, haja vista que tal número representa um aumento de 16% no ano de 2016 comparativamente a 2010, de acordo com o Ministério da Educação.   Outrossim, além da questão governamental, a ideologia de muitos tem propiciado a perpetuidade do supracitado revés. Isto posto, a concepção generalizada de ineficiência em relação a tais pessoas, tem instigado à sua desvalorização profissional. Destarte, essa ideologia retrógrada tem ratificado o pensamento de Machado de Assim, ao dizer: "Suporta-se com muita paciência a dor no fígado alheio".   Fica claro, portanto, que a inércia política e o ideal de muitos tem ocasionado os principais desafios na formação educacional de muitos surdos no país. À vista disso, é mister o Poder executivo em união com Legislativo aprovar novos estatutos às escolas para que promovam o uso da tecnologia como condutor à informação, para que se articular um melhor método de ensino. Ademais, seria importante um lei que estabelecesse a sua maior contratação no âmbito empresarial. Além disso, é crucial a Mídia mostrar em canais abertos, debates com especialistas na área da saúde, para que se destrinche a ideia de "ineficiência".