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Enviada em: 06/11/2017

Pra surdo ouvir  A constituição cidadã, bem como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, garantem o acesso pleno à educação e a unidade humana. Entretanto, pessoas com algum tipo de deficiência, como a auditiva, se veem marginalizadas perante tal garantia, ainda que existam profissionais hábeis nas escolas e centros especializados, como o INES, criado por Dom Pedro II. A falta de consideração na atual sociedade tupiniquim, assim, é um obstáculo, mesmo que medidas de inclusão se façam presentes.  Em primeiro lugar, cabe ressaltar que a rotina acelerada da contemporaneidade implica no esquecimento dessas parcelas. No metrô, no ônibus, na escola: tudo é engolido pelo tempo, é o que Bauman, sociólogo polonês, chama de "Modernidade Líquida" em sua obra. Dessa forma, o surdo se vê nesse meio e é posto em segundo plano pela população, concomitantemente, a profissão de intérprete é desvalorizada e professores são mal orientados. Com isso, essa classe é segregada perante a sociedade, gerando desinclusão social.  Por outro lado, há uma série de medidas amenizadoras em vigor em função da causa. O "#PraCegoVer" é uma forma de empresas e outros órgãos, em suas peças publicitárias, oferecerem suporte ou auxílio a pessoas cegas por meio da descrição textual. Se extendendo aos surdos, o ENEM também adotou práticas de inclusão na edição de 2017, com a opção de vídeo tradução em libras. Medidas como essas são necessárias no atual Brasil.  Urge, portanto, a extensão das práticas inclusivas a favor de atuais e futuros deficientes auditivos. Com isso, o Ministério da Educação deve oferecer às escolas computadores e tablets, a fim de que haja interação visual auxiliar à aula para com o deficiente. Em parceria com o intérprete, o professor deve adaptar seu plano de aula às necessidades requeridas, certificando-se da abrangência comunicativa. Por fim, a população precisa propagar igualdade, tornando a hashtag #PraSurdoOuvir uma realidade, para que o Governo atente-se ao fato de que a tradução em libras deve ser aplicada em todos os âmbitos e não apenas em campanhas partidárias.