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Enviada em: 06/11/2017

Ouvir, ver e praticar, estas são ações que definem o ciclo de aprendizagem, hoje, no Brasil. Muito se tem debatido sobre os desafios para a formação educacional de surdos no país. Há quem entenda que a deficiência em si é a maior limitadora, outros, no entanto, acreditam que o governo seja o principal culpado. Uma análise ponderada sobre o assunto aponta para o fato de que o principal desafio a ser enfrentado é a falta de estrutura por parte dos órgãos educacionais.  Há quem defenda que a surdez incapacita o deficiente de aprender, já que o impede de dar o primeiro passo do ciclo de aprendizagem. Deve-se considerar, no entanto, que o modelo de educação baseado no ouvir não é o único e portanto não deve ser instituído dogma da educação, pois é, principalmente, excludente e inconstitucional, haja vista que impossibilita o o deficiente auditivo de ter o direito a educação que lhe é assegurado pela lei numero 13.146 da constituição federal.  Soma-se a isso o fato de que os órgãos educacionais não dão qualificação adequada aos seus profissionais da educação, além de não   darem suporte de estrutura física, fatos que ficam bem claros ao se analisar a ausência de cursos que capacitem o profissional ao ensino em libras, e a falta de escolas exclusivas para esta parcela da população.  Frente ao exposto, é possível compreender que o descaso governamental para com a educação dos deficientes auditivos é fator principal no problema. É dever do ministério da educação trabalhar na construção de um modelo educacional com fono no aprendizado pela visão, a fim de incluir, cada vez mais, os surdos na comunidade acadêmica. As escolas, junto com o Estado, devem fornecer cursos de libras para os profissionais da educação, de maneira a habilita-los ao ensino dessa parcela da população. Além disso, o governo também pode contribuir para uma maior inclusão da população surda através da criação de mais escolas especificamente voltadas para estas pessoas.