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Enviada em: 10/10/2018

Concomitante com o incremento do meio digital, a parcela idosa da população brasileira cresceu cerca de 18%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, esse grupo enfrenta dificuldades para usufruir os benefícios oriundos da esfera digital devido ao individualismo da sociedade e da negligência dos órgãos públicos. Portanto, medidas devem ser tomadas para reverter essa problemática.     Observa-se em primeira instância, o individualismo que norteia as relações sociais da conjuntura contemporânea. Assim, os idosos, por serem mais dependentes emocionalmente e, na maioria das vezes, possuírem dificuldades de aprendizado, acabam sendo excluídos do uso dos recursos digitais. É importante frisar que essa exclusão ocorre, principalmente, no ambiente familiar onde há uma relutância em oferecer ajuda. Essa realidade traz à tona os resultados da pesquisa realizada pelo Datafolha, em que 45% dos entrevistados acima dos 60 anos afirmaram ter computador em casa, entretanto, apenas 19% diziam fazer uso do equipamento. Desse modo, esse grupo torna-se vítima da dissolução dos laços afetivas e da falta de empatia com o próximo.     Além disso, os idosos representam, também, uma das parcelas da população que são negligenciadas pelo poder público. Isso porque a Constituição Federal, mais precisamente no Art. 230, atribui ao Estado o dever de assegurar a participação das pessoas idosas na comunidade e defender sua dignidade e bem-estar. Assim, tendo em vista a importância do meio digital nas relações sociais, a união, ao se omitir de garantir os mecanismos necessários para a inclusão, está interferindo no melhoramento da qualidade de vida desse grupo.       Portanto, fica evidente que a maioria dos idosos não fazem uso do meio digital. Para mudar esse quadro, é válida a participação das escolas em parceria com a família na abordagem de temáticas que influenciem a empatia, o amor e o respeito com o próximo, principalmente, com as pessoas mais idosas, por meio de palestras, gincanas e oficinas. Além disso, cabe as secretárias municipais de assistência social  buscar parcerias com instituições de ensino para oferecer cursos gratuitos de informática a população acima de 60 anos no intuito de melhorar o bem-estar desse grupo. Desse modo, garantirá uma sociedade benéfica aos mais idosos.