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Enviada em: 21/06/2018

O Estatuto do Idoso assegura no seu artigo 21, cursos especiais para idosos com conteúdos relativos às técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua integração com a vida moderna. Entretanto, a falta de investimentos governamentais nesses cursos e a pouca disseminação de informação impede essa parcela da população de usufruir do seu direito e, consequentemente, provoca uma nova forma segregacionista chamada "analfabetismo digital".    Em uma sociedade onde as relações interpessoais estão cada vez mais dependentes da tecnologia, a terceira idade, por possuir dificuldades em utilizar equipamentos eletrônicos, acaba sendo excluída. Uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo com 100 pessoas acima de 65 anos, analisou-o nível de aceitação em relação aos aparelhos tecnológicos. Descobriu-se que, em sua maioria, os idosos aceitam, mas há rejeição. Cerca de 40% dos entrevistados apresenta receio de estragar e 24% afirmam ter medo de usar novas tecnologias. De fato, estar inserido nesse ambiente o qual passa por um processo rápido de evolução, submete as pessoas a uma aprendizagem continua e se tratando de terceira idade, a busca por qualidade de vida social, cultural e tecnológica se faz cada vez mais necessária e presente.   Além do mais, o mundo virtual pode trazer inúmeros benefícios para eles, como por exemplo, melhorar a coordenação motora, capacidade de memorização, aprender coisas novas e ajudar no tratamento de algumas doenças. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE revelou que nessa fase da vida 9,2% sofrem de depressão, seja por se sentirem improdutivos ou falta de convívio social. Tudo isso é capaz de gerar sentimentos como abandono e angústia. Logo, é fundamental, manter vida social ativa para evitar esses problemas e usar a internet como um instrumental pode ser crucial, pois além de conversar com outras pessoas queridas, o mundo online te possibilita outras opções de entretenimento como jogos, filmes e seriados.    Diante do exposto, conclui-se o quão importante é a inserção dos idosos no mundo digital para que continue sendo ativo em suas tarefas e possa interpretar o cenário a sua volta. O Ministério da Educação como carro-chefe dessa inclusão, deve criar cursos públicos e investir em publicidades nos mesmo para a população se conscientizar e motivar os idosos a aprenderem e se habituarem com a nova realidade. Geriatrias, asilo e até mesmo a família pode contribuir ao estimular o uso dos aparelhos como meio de comunicação, atividades em grupo e prestar assistência quando preciso.