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Enviada em: 20/06/2018

Desde o iluminismo entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com os problemas do outro. Nesse sentido, os desafios enfrentados junto a inclusão digital de idosos são diversos. Tomando-se como base o cenário atual, evidencia-se como fato não só a ineficiente atuação estatal, mas também a persistência de um paradigma social inerte. Em primeiro plano é necessário que a sociedade mantenha intensa interação entre seus setores, como disserta Durkheim ao comparar essa comunidade com o corpo biológico e afirmar que ela só será coesa mediante comunicação interestrutural. Todavia, quando o Estado não consegue desenvolver políticas públicas baseadas na redução das desigualdades, erradicação dos preconceitos e democratização tecnocientífica, favorece diretamente a marginalização tecnológica de uma considerável parcela da sociedade exemplificada pelo setor mais sensível, a terceira idade. Além disso, apesar de o indivíduo estar em constante transformação, como diz o filósofo Heráclito, o pensamento retrógrado ainda é efetivo. Sobre essa ótica, vê-se que o ambiente sociocultural corrobora para que o ser humano não transmute e permaneça em estado de inércia. Destarte, o comportamento discriminatório é vigente e individualista, diminuindo as oportunidades inclusivas e aumentando o abismo intersocial. Sendo assim, é indispensável a adoção de medidas capazes de contribuir de forma a modificar a realidade atual. O Estado, por seu caráter socializante e democrático, deve estimular o desenvolvimento de produtos tecnológicos desenvolvidos especificamente para se adaptar a realidade da terceira idade. As ONGs e as escolas, através de incentivos governamentais, devem promover palestras de forma a promover uma empatia social estreitando os laços socioculturais,  além disso, devem desenvolver cursos que introduzam de forma gradual as tecnologias digitais a realidade vivida por essa minoria. Só assim o Brasil tornar-se-á um país mais plural e justo.