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Enviada em: 21/06/2018

Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com os problemas do outro. Nesse sentido, os desafios enfrentados junto a inclusão digital de idosos são diversos. Tomando-se como base o cenário atual, evidencia-se como fato, não só a ineficiente atuação estatal, mas também a persistência de um paradigma social inerte. Em primeiro plano, é necessário que a sociedade mantenha intensa interação entre seus setores, como disserta Durkheim ao comparar essa comunidade com o corpo biológico e afirmar que ela só será coesa mediante comunicação interestrutural. Todavia, quando o Estado não consegue desenvolver políticas públicas baseadas na redução das desigualdades, erradicação dos preconceitos e democratização tecnocientífica, favorece diretamente a marginalização tecnológica de uma considerável parcela da sociedade exemplificada pelo setor mais sensível, a terceira idade.  Além disso, apesar de o indivíduo estar em constante transformação, como diz o filósofo Heráclito, o pensamento retrógrado ainda é efetivo. Outrossim, vê-se que o ambiente sociocultural corrobora para que o ser humano não transmute e permaneça em estado de inércia. Destarte, é indubitável que o comportamento discriminatório para com os idosos ainda é vigente e individualista, diminuindo as oportunidades sociais e inclusivas desse grupo.  Sendo assim, é indispensável a adoção de medidas capazes de contribuir de forma a modificar a realidade atual. O Estado, por seu caráter socializante e democrático, deve estimular o desenvolvimento de produtos tecnológicos projetados especificamente para se adaptar à realidade dos integrantes da terceira idade. As ONGs e as escolas, através de incentivos governamentais, devem promover palestras de forma a estimular uma empatia social, além disso, devem desenvolver cursos que introduzam de forma gradual e efetiva as novas tecnologias digitais a realidade vivida por essa minoria. Só assim o Brasil tornar-se-á um país mais plural e justo.