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Enviada em: 06/10/2018

Historicamente, o progresso tecnológico pela informática e pela internet, com a Terceira Revolução Industrial, incorporou avanços e retrocessos. Nesse parâmetro, na contemporaneidade, devido ao crescimento na expectativa de vida populacional, cresce o número de idosos e a consequente segregação digital. Nessa perspectiva, é notório que tanto a negligência governamental quanto a discriminação social corroboram a manutenção do problema.     A princípio, é mister ressaltar que segundo o IBGE(2010), em 2050, a população mundial terá 20% de idosos com mais de 60 anos, o que significa grandes desafios no que tange a inclusão cibernética. Assim, são cabíveis as ideias de Aristóteles em que, a política deve ser utilizada por meio da justiça, de modo a alcançar o equilíbrio. Partindo desse pressuposto, a inércia dos governantes com a população longeva traduz-se no retrocesso em propor os avanços tecnológicos, comum aos mais jovens, devido ao pouco incentivo voltado para o grupo de mais idade.     Outrossim, faz-se necessária a análise do que disse Nelson Mandela, de que a arma mais poderosa para mudar o mundo é a educação. Nesse viés, o pouco investimento em educação tecnológica para o público adulto e senil determina as prerrogativas para a discriminação e para o regresso do saber que já não se faz tão assimilável como antes. Sob essa ótica, ascende-se o preconceito e a marginalização digitais, o que bloqueia a inserção social dessa parcela de pessoas.    Diante do que foi supracitado, urge que o Poder Público Federal, aliado às esferas estaduais e municipais, implemente mais políticas públicas educacionais, como mini cursos gratuitos nas comunidades, voltados para a aquisição tecnológica, no intuito de que o público de idade avançada possa acompanhar essa revolução. Concomitantemente, as  empresas privadas e as instituições educacionais, podem fomentar projetos de inclusão digital e programas sociais, incluindo à família, com palestras e divulgação, a fim de inserir os idosos na atual era digital e minar a rejeição.