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Enviada em: 19/07/2018

Em 1969, nos Estados Unidos, houve o surgimento da internet como uma técnica de defesa. Tal fato é fruto da famigerada Guerra Fria, na qual estadunidenses e soviéticos disputavam a hegemonia política, econômica e militar do mundo. Hoje, em um cenário "pacífico" e interessada no bem-estar, a tecnologia progride velozmente, o que dificulta a inclusão digital da terceira idade, dado que o governo e os novos dispositivos não salientam um envolvimento quanto ao analfabetismo digital. Dessa forma, com a ausência de uma integração universal, o contexto é de idosos marginalizados quanto à evolução.       Tal marginalização é potencializada pela ausência de assistência das companhias de tecnologia. Essa carência gera adversidades como a insegurança tecnológica, que é caracterizada, habitualmente, pela inexistência de aparelhos digitais com interfaces amistosas, de aplicativos de apoio e de métodos que simplifiquem a imersão virtual. Em concordância com um estudo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, realizada com 100 indivíduos acima de 65 anos de idade, na qual apontou que 24% dos entrevistados afirmaram ter medo de utilizar dispositivos "high-tech", e 40% possuíam receio de danificá-los. Desse modo, a necessidade de um método inclusivo procrastina a tese de "evolução".       Ademais, no Brasil, ainda persiste a carência de um exercício pleno da Constituição Federal. Esta, no Art. 205, defende que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, em prol do desenvolvimento social. Mas, a realidade diverge do esperado, posto que, o número de cursos públicos de digitalidade não contemplam a demanda da terceira idade, o que leva o indivíduo a recorrer às instituições particulares, como denuciou a "Pew Research Center", na qual revelou que 60% dos idosos "tecnológicos" do Brasil, estão na região Sudeste e pertencem às classes A e B. Assim, um possível caminho para a desconstrução dessa problemática, além da atividade plena da CF/88, é a busca e o exercício da isonomia econômica.       Lidar com essa problemática, portanto, exige um cenário que simplifique a inclusão digital da terceira idade. Para isso, é substancial que agentes intervenham no processo, à priori, o Estado, em especial, o Ministério da Educação, deve requisitar um aumento da verba e redistribuir de forma que o conjunto educacional "on-line", como centros de ensino tecnológico, coberturas de rede e profissionais aptos, seja beneficiado, para que, por meio de um ensino cibernético de qualidade, o Brasil seja capaz de adquirir uma sociedade, tecnologicamente, homegênea e desenvolvida. Outrossim, as empresas de tecnologia, por intermédio de atualizações de sistema ou criações de novos produtos, devem facilitar o uso do mundo virtual, a fim de integrar todas as esferas sociais desde crianças à melhor idade. Dessa forma, o conceito que eclodiu em 1969 para separar, amanhã é o que tornará o mundo conectado.