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Enviada em: 28/06/2018

As recentes transformações no campo da comunicação podem ser consideradas uma verdadeira revolução levada a cabo pelo protagonismo que a internet assumiu na vida cotidiana.  Porém, os impactos de tais mudanças, sobretudo no âmbito social, afetam de maneira preocupante o público da terceira idade. Afinal, a dificuldade de se empoderar acerca de novas tecnologias pode levar a exclusão social. Portanto, o Governo brasileiro, juntamente com a população jovem que domina os novos meios de comunicação, deve empreender esforços no sentido da inclusão digital do idoso.          Assim, de acordo com o geógrafo Milton Santos, a ciência e a tecnologia representam a base da vida social atual. Então, percebe-se a importância  de aparelhar a população idosa com conhecimentos práticos acerca do manuseio e desfrute das novas técnicas comunicativas. No entanto, as gerações anteriores á popularização da internet podem não incorporar facilmente essa ferramente ao seu cotidiano, pois o meio cultural no qual desenvolveram suas perspectivas de mundo ainda não conhecia os meios de comunicação atuais. Logo, diante desse impasse que pode resultar na exclusão social dos idosos, é preciso um esforço conjunto entre mecanismos de inclusão financiados pelo Governo e a disposição de jovens em conviver e educar, quanto às tecnologias atuais, o público idoso.           Contudo, essa convivência precisa ser pautada por práticas educativas. Pois os jovens, nascidos e  criados em meio a difusão da internet, absorvem de maneira espontânea suas utilidades e representariam assim, um veículo de ensino e inclusão. Também, nesse sentido, a importância da convivência entre gerações separadas por uma barreira cultural é evidenciada pelo pensamento de Émilie Durkhein, que enxerga a sociedade como um organismo biológico, ou seja, cada órgão, ou segmento social, tem uma função essencial que confere a saúde do todo. Dessa forma, o Governo deve conduzir, através de políticas públicas, um espaço para convivência educativa.        Portanto, o Ministério da Educação deve investir em cursos que visem a capacitação do jovem para a docência digital focado para  o público da terceira idade. Além de ser necessário de um esforço por parte de órgãos de mapeamento social, como o IBGE, na identificação de idosos que poderiam usufruir desses cursos. Após a identificação, caberá à União, federações e municípios, a promoção de espaços especializados em educação digital nos locais com maior densidade de idosos. Assim, o Brasil poderá diminuir a distância entre gerações e incluir os idosos na vida social, hoje pautada pela internet.