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Enviada em: 28/06/2018

Segundo Marc Prensky, palestrante em educação, existem, atualmente, dois tipos de pessoas: nativos e imigrantes digitais. Para o palestrante, os nativos digitais são a nova geração que, desde o nascimento, tiveram contato com as novas tecnologias e, portanto, são mais familiarizados, já os imigrantes digitais sofrem por não serem tão integrados aos novos dispositivos. Nesse sentido, convém analisarmos os entraves causados pelas interfaces dos apetrechos e pela falta de paciência dos jovens para a inclusão digital dos idosos.       É indubitável que a interface dos dispositivos tecnológicos é uma das causas do problema. De acordo com Gláucio Henrique Moro, mestre em mídias digitais, nem sempre é possível encontrar aparelhos que se adaptam às características do portador. Logo, a inclusão digital da terceira idade fica comprometida, uma vez que, é nos idosos que se encontram a maior parte dos problemas de saúde, como os de visão.       Outro impulsionador do problema é a falta de paciência dos jovens para ensinar os mais velhos. Conforme o conceito de modernidade líquida proposto por Zygmund Bauman, as relações sociais, políticas e econômicas apresentam aumento de flexibilização e, também, de velocidade. Dessa forma, é comum que hoje em dia não se tenha calma com outras pessoas. O canal de esquetes Porta dos Fundos satiriza essa situação ao comparar o ensino do uso do celular, a uma senhora, à tortura.       Fica evidente, portanto, que a os entraves para a inclusão digital dos idosos são causados por negligência da sociedade. Destarte, é necessário que os criadores de dispositivos digitais disponibilizem versões com capacidade de adaptação ao portador a fim de contemplar todas as faixas etárias. Além disso, é importante ministrar palestras, nos institutos educacionais, que tratem da inclusão digital. Assim, a inclusão de idosos no mundo digital será um realidade.