Aprendendo com Paulo Freire É de conhecimento geral que a tecnologia tem sido um dos recursos mais revolucionários, já inventados até hoje e foi crucial para o sucesso Primavera Árabe no seculo XXI. Entretanto, tal recurso, na década atual, tem sido um empecilho para terceira idade, uma vez que, o aprendizado destes dentro das plataformas digitais somado aos benefícios adquiridos durante seu uso acabam sendo comprometidos no decorrer do tempo. Diante disso, torna-se passível de discussão, o desafio de inclusão digital aos "bons velhinhos". No que se refere a temática em pauta, pode-se tornar como primeiro ponto à ser discutido, a dificuldade de aprendizado dos idosos no mundo digital. Diante desse pressuposto, a pouca paciência dos familiares em ensinar a terceira idade a se conectar na internet é reflexo no analfabetismo digital existente, dessa classe, na atualidade. De acordo com o Instituto de Pesquisas da USP, somente 1/4 da população idosa estão logadas em redes sociais como Facebook e Twitter e, o restante afirma não saber se quer ligar um smartphone. Logo, se há a necessidade de tal ponto deixar de ser visto apenas como dados ou fatos cotidianos e passar a ser encarado como um problema de ordem social a ser equacionado e resolvido no contexto atual . Indo um pouco mais adiante na questão, os benefícios físicos e psíquico, bem como um maior estimulo da memória, adquiridos pela terceira idade durante o uso recorrente da tecnologia digital é um outro ponto a ser analisado. Segundo o especialista no assunto , Dr º Drauzio Varella, pelo menos 80% dos idosos que frequentam a internet, possuem uma maior autoestima e conseguem se comunicar com maior facilidade ao longo do dia a dia. Desse modo, é determinante garantir que todos os idosos possam realizar seu pleno potencial e igualdade e dignidade. Parafraseando o escritor Paulo Freire, a estratégia é a premissa da vitória. Tomando como norte a máxima do autor, é condição "sine qua non" ações concretas e específicas que garantam uma plena inclusão digital para a terceira idade. Nesse sentido, é imprescindível a participação do Estado, pelo seu caráter socializante e abarcativo, na implementação de oficinas digitais gratuitas, veiculadas por profissionais qualificados, destinadas aos idosos, no intuito de garantir um maior aprendizado para estes. Alem disso, faz-se necessário a uma ação conjunta da escola e família, na criação palestras e debates diários alertando os familiares sobre a importância da inclusão dos "bons velhinhos" no mundo digital. Somente assim, com as táticas desenhadas no campo de batalha, poder-se-á ressoar, como brado retumbante, nas terras do globo azul e branco, o grito de um Mundo mais solidário.