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Enviada em: 02/08/2018

Muito se discute sobre a inclusão digital da terceira idade, sobretudo, em relação aos desafios impostos para integração dos idosos nesse mundo cada vez mais tecnológico. Nesse contexto, a globalização e os avanços tecnológicos revolucionaram os meios de comunicação e as relações interpessoais. Entretanto, muitas pessoas da terceira idade não possuem acesso às inovações tecnológicas devido a inúmeros fatores tais como inexistência de um local adequado para o aprendizado, falta de incentivo familiar e de uma vida socioeconômica efetiva. Faz-se necessário, portanto, que o Governo Federal, em coparticipação com as escolas, desenvolva um projeto educacional que tenha como objetivo a inclusão digital de idosos no Brasil.      No que se refere à temática em questão, pode-se destacar que muitas pessoas da terceira idade têm o desejo e o interesse em aprenderem sobre as novas tecnologias, porém, não dispõem de um local de ensino adequado, disponibilizado pelo Governo Federal. Consoante a isso, a Organização das Nações Unidas(ONU) pontuou que a expectativa de vida está crescendo nos países emergentes, incluindo o Brasil. Portanto, a inclusão digital dos idosos vai além da necessidade de interação interpessoal, mas torna-se uma necessidade de integrarem o mercado de trabalho, ou desenvolverem alguma atividade econômica, devido a elevação da faixa etária da população brasileira.     Ademais, a família possui um papel importante para inserir os idosos no chamado "mundo digital". Entretanto, a tecnologia que diminuiu as distâncias geográficas apresenta como efeito colateral a redução da afetividade e do diálogo nos lares brasileiros. Nesse cenário, a falta de incentivo no âmbito familiar eleva a dificuldade da inclusão digital das pessoas da terceira idade. Assim, o quadro torna-se mais agravante, pois o acesso às tecnologias, atualmente, é inerente ao desenvolvimento socioeconômico e da qualidade de vida de uma pessoa. Nessa perspectiva, o escritor e psiquiatra Augusto Cury destacou a importância de uma mente socialmente ativa para a manutenção da saúde do idoso e destacou que "o tempo pode envelhecer o corpo, mas não os sonhos e os objetivos".     Diante dos argumentos supracitados, torna-se fundamental que o Governo Federal, em parceria com as escolas, desenvolva um projeto educacional que altere a atual matriz curricular. Nesse projeto, as escolas cederiam suas instalações para o ensino dos idosos com a finalidade do aprendizado das novas tecnologias e, por conseguinte, elevar a inclusão digital da terceira idade. Além disso, o Ministério da Educação deve incluir em seu plano pedagógico atividades extraclasses, que tenha como objetivo fomentar o interesse dos alunos em repassarem seus conhecimentos tecnológicos para os idosos e, com isso, possibilitar o acesso dos idosos as novas, e necessárias, tecnologias.