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Enviada em: 04/08/2018

No início de seu governo, em meio à crise de 31% de inflação na Alemanha, uma das primeiras atitudes de Adolf Hitler foi direcionar os idosos, antes mesmo dos judeus, para os campos de concentração nazista, uma vez que para o líder essa classe era sinônimo de estorvo para a recuperação do país. Análogo a esse fato, os anciões que vivem na sociedade digital brasileira, são vítimas de um "apartheid etário". Nesse sentido, os longevos são excluídos da Era Digital, seja pela inobservância estatal e familiar, ou pela perda de autonomia da idade.          De início, vale ressaltar que, de acordo com Magna Carta de 1988, é dever do Estado e da sociedade como um todo amparar os idosos, incluindo também sua entrada na tecnologia. Contudo, na prática, o que se encontra é um processo de segregação digital, pois as politicas pública são concentradas na inclusão digital dos jovens, a priorizar o futuro, sendo um ato perverso, por ter a concepção que os mais velhos não pertencem a civilização. Logo, em consonância ao filósofo francês Pierre Levy, é insuficiente colocar alguém em frente a uma tela sem instruções antecipadas, como o Estado lamentavelmente faz com essa minoria, dessa forma, a participação ativa desses no interesse coletivo do ciberespaço é necessária para promover sua autonomia.                  Outrossim, é ingênuo não observar como a esteriotipação marginalizada que os jovens atribuem á minoria, como sendo antiquada e não inserindo ela na modernidade , influencia negativamente a inclusão. Nesse âmbito, na ótica da jurista e especialista do idoso Perola Melissa, a velhice traz, para muitos sexagenários, a perda da autonomia, isso porque, o idoso não é autônomo quanto ao uso da tecnologia, visto que - em regra - depende de terceiros(familiares, amigos ou cuidadores). Por conseguinte, sem ajuda dos terceiros, sofre sem recursos as mazelas da exclusão digital, como a perda de lazeres e culturas desse espaço. Dessarte, a sociedade como todo é palco da falta de altruísmo e tratamento humanitário, semelhante aos campos de concentração de Hitler.          Torna-se evidente, portanto, a necessidade do poder público e da sociedade civil em incluir o idoso na Era Digital. Assim, cabe ao Ministério dos Direitos Humanos em conjunto do Ministério da Educação, criar oportunidades de acesso do longevo à educação digital, adequando currículos e metodologias aos programas educacionais a ele destinados, a fim de inseri-lo no ciberespaço. Ademais, é fundamental que a mídia televisiva, digital e impressa divulguem propagandas que instruam os mais jovens a incluir os sexagenários na tecnologia, como o incentivo ao uso de rede sociais, para fim de promover a autonomia que eles merecem. Sendo assim, a república brasileira poderá enfim cumprir um dos direitos magnos e possivelmente solucionará o problema em questão.          Torna-se evidente, portanto, a necessidade do poder público e da sociedade civil em incluir o idoso na Era Digital. Assim, cabe ao Ministério dos Direitos Humanos em conjunto do Ministério da Educação, criar oportunidades de acesso do longevo à educação digital, adequando currículos e metodologias aos programas educacionais a ele destinados, a fim de inseri-lo no ciberespaço. Ademais, é fundamental que a mídia televisiva, digital e impressa divulguem propagandas que instruam os mais jovens a incluir os sexagenários na tecnologia, como o incentivo ao uso de rede sociais, para fim de promover a autonomia que eles merecem. Sendo assim, a república brasileira poderá enfim cumprir um dos direitos magnos e possivelmente solucionará o problema em questão.