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Enviada em: 07/08/2018

Sob a perspectiva do cientista alemão Albert Einstein, é espantosamente claro que a tecnologia exceda a humanidade, visto que o universo digital tornou arcaico os laços sociais pessoais, estabelecendo e fortificando as relações virtuais. Na contemporaneidade, o Brasil, embora apresente-se adepto às inovações High-Tech, ainda apresenta dificuldades no processo de inclusão tecnológica aos indivíduos que compõem a terceira idade. Dessa forma, é imprescindível que se pense nas causas e consequências trazidas por essa problemática atual.         Na esteira desse pensamento, cabe salientar duas das maiores causas, as quais são obstáculos na inserção cibernética de idosos: não adequação das inovações perante o público longevo, haja vista que essas têm como público alvo os jovens, como também a ausência de políticas públicas que visem instruir os mais velhos que não possuem adequação aos aparelhos eletrônicos. Tendo em vista esses dois grandes problemas, é fundamental que a sociedade, em conjunto com ONG's, promovam oficinas de aprendizagem nas comunidades, para que o acesso tecnológico chegue a todos os provectos e a comunicação se torne facilitada, visto que esse é o intuito da tecnologia. Em virtude dessa discussão, criar-se-ia uma relação pública mais homogênea, empática e participativa.         De igual modo, é necessário que se pense nas consequências trazidas pela inclusão dos idosos no universo digital. Nessa linha de raciocínio, é importante destacar que é crescente o número de idosos e consequentemente, progride o número de idosos portadores de Smartphones. Hodiernamente, contrário à esse crescimento, é notável a dificuldade de promoção de aparelhos que atenda à esse público. Dessa forma, é indubitável que a participação de empresas, em conjunto com as instituições e o Governo Federal, na criação de aparelhos que adequem-se ao cotidiano do idoso, seja um modo de inclui-los no meio tecnológico.         É notável, portanto, a necessidade de cooperação entre as empresas de telefonia, aparelhos eletrônicos, em parceria com o poder público, mediante a concretização de Políticas-privadas, habilitar profissionais, capazes de ensinar os idosos, com eficiência, as funcionalidades de um Smartphone, e usa-lo como meio de interação social. Ademais, é indubitável, que a família tenha consciência acerca do analfabetismo digital e que as inovações produtivas são formas de agregar a sociedade que os idosos estão expostos, como também o apoio midiático na transmissão dos problemas trazidos pela discriminação digital da terceira idade em propagandas e em novelas. Dessa forma, far-se-ia concreta a frase do filósofo brasileiro Paulo Freire: a inclusão só acontece quando se aprende com as diferenças e não com igualdades.