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Enviada em: 09/08/2018

“Uma mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará a seu tamanho original”. Essa frase atribuída à Albert Einstein relaciona-se bem com o atual panorama da sociedade contemporânea, tendo em vista que o constante avanço tecnológico tem proporcionado aos indivíduos o acesso a novas informações que contribuem para o desenvolvimento intelectual e social da nação. No entanto, nota-se que nem todos estão conseguindo acompanhar o intenso fluxo de informações, o que reflete em uma exclusão digital por parte da terceira idade. Sendo assim, deve-se analisar a importância de se garantir a inclusão, analisando-se os benefícios sociais e para a saúde geral.       É de amplo conhecimento que a Revolução Técnico-Científico-Informacional, viabilizada no século XX, modificou o cenário das relações humanas, sobretudo no campo das tecnologias digitais. Nessa perspectiva, o desenvolvimento das redes ocorreu de forma extremamente dinâmica, o que obrigou a sociedade a se adaptar de forma rápida às novas formas de comunicação, tomando-se como exemplo a substituição das mensagens por “cartas” que, atualmente, são entregues instantaneamente por e-mails ou telefonemas. Todavia, o que deveria ser um avanço indiscutível tornou-se um problema, ao passo que parte da geração anterior às mudanças ainda enfrentam dificuldades de adaptação, o que resulta claramente em um problemático analfabetismo digital.       Em detrimento dessa questão, concomitantemente ao que dizia Isaac Newton, um dos maiores físicos já existentes, para toda ação existe uma reação, e as consequências dessa exclusão digital são um maior isolamento social por parte da população idosa e, possivelmente, a ocorrência de transtornos psicológicos. Nesse contexto, percebe-se que a sociedade está caminhando na contramão do que seria, de fato, o ideal desenvolvimento para a cidadania, tendo em vista que o acesso dos idosos às redes digitais trazem diversos benefícios, tanto no uso como entretenimento, quanto na questão da saúde, visto que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, estimular a memória dos idosos pode trazer resultados positivos e o uso de artefatos tecnológicos pode auxiliar nesse processo.        Diante disso, fica claro que incluir a terceira idade ao meio digital é imprescindível para o desenvolvimento da nação. É fundamental, portanto, que o Ministério da Educação, em parceria com instituições de ensino, como faculdades e escolas técnicas, institua projetos pedagógicos de ensino digital e gratuito ao público idoso, através da criação de cursos de informática específicos a essa população, tendo como objetivo principal estimular a independência e bem-estar dos indivíduos, o que melhorará a comunicação e, consequentemente, a autoestima dessas pessoas. Dessa forma, haverá uma verdadeira democratização tecnológica e as mentes jamais voltarão a seu tamanho original.