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Enviada em: 13/08/2018

Após a terceira revolução industrial, assim como nas demais revoluções, ocorreu uma radical mudança dentro da sociedade, envolvendo contextos políticos, econômicos, culturais e sociais. Em consequência, surgiu-se muitos desafios, sendo um deles a inclusão digital da terceira idade. Nesse sentido, torna-se imprescindível a ampliação dos debates a cerca do assunto.       Deve-se pontuar, inicialmente, que a negligência a cerca da inclusão dos idosos à Era digital é um fator histórico e conjuntural. Isso ocorre em função das modificações socioculturais emergidas pela globalização e com a ratificação do sistema econômico neoliberalista. Nesse contexto, seguindo conceitos do sociólogo polonês Zygmunt Bauman sobre a liquidez da modernidade, as interações dos indivíduos com seus semelhantes e o ambiente tornaram-se mais fluidas e menos concretas. Como resultado, cria-se indivíduos cada vez mais individualistas e indiferentes as necessidades do  próximo. Isto é, os filhos e netos, já incluídos na modernidade digital, ignoram a necessidade de inclusão à tecnologia dos seus parentes idosos pois estão mais ocupados com seus próprios interesses.         Vale-se destacar, também, a urgência da problemática devido o grande público prejudicado. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o número de idosos deve quadruplicar até 2060. Logo, junto com esse crescimento faz-se necessário um aumento de igual proporção da atenção reservada a esse intervalo etático. Fazendo da inclusão digital uma das suas prioridades, pois os benefícios causados  abrangem âmbitos físicos, psicológicos e sociais. Começando pele estímulo da memória, causado pelo aprendizado da informática; passando pela quebra na barreira do isolamento, pela possibilidade de comunicação independente da distância, e terminando na elevação da autoestima.          Torna-se evidente, portanto, os entraves relacionados a inclusão digital da terceira idade e sua instância de resolução. Por isso, é indispensável o protagonismo do Ministério da Educação estabelecendo o analfabetismo digital como uma de suas prioridades, intermediando parcerias entre instituições de ensino público e privado, no intuito de criar cursos de informática gratuitos voltados a terceira idade. Como, também, a participação da mídia educativa, propondo a respeito da importância do altruísmo para a modernidade seja pela a arte disseminada, seja por proporcionar palestras ministradas por professores de ética e cidadania, seja por propagandas conscientizadora que exponham depoimentos reais  de idosos vítimas da exclusão social, seja por peças teatrais organizadas por voluntários. E assim garantir os direitos da inclusão à uma parcela da sociedade que um dia tanto contribuiu no desenvolvimento desse país.