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Enviada em: 21/08/2018

Segundo a primeira lei de Newton, um corpo permanece em seu estado natural, ou seja, repouso ou movimento desde que nenhuma força atue sobre ele. De maneira análoga a esse princípio, a questão da inclusão da pessoa idosa que, mesmo perante a avanços sociais e tecnológicos ainda tende a estagnação, além de promover um quadro de iniquidade frente a sociedade brasileira, seja por uma deficiência educacional, seja por uma dificuldade estrutural presente no âmbito da tecnologia. Cenário esse, que carece de atitudes transformadoras a fim de romper com a inércia do problema.     Em primeiro lugar, é valido analisar a questão do déficit de programas de educação digital como agravante para a inserção do idoso no mundo tecnológico. Tal conjuntura promove na comunidade anciã um sentimento de impotência cognitiva por não deterem a capacidade de se integrarem à sociedade digital. Contexto esse que é agravado pela ausência de empatia, principalmente dos mais jovens, no processo da educação tecnológica. Atitudes essas, que enquadram a terceira idade no conceito de menoridade kantiana, na qual refere-se  que só atinge sua maioridade o indivíduo detentor de total autonomia sobre seu ser. Tornando desse modo,  o idoso uma figura ínfima na temática digital.       Ademais, outro ponto que pode se verificar é a complexidade das ferramenta digitais como uma barreira para a integração tecnológica da pessoa idosa. Isso torna-se nítido, ao observar dispositivos como smartphones e computadores com multitarefas sendo encorporado como padrão, ignorando assim, as limitações fisiológicas que a terceira idade pode apresentar. Contexto esse, que vai de encontro com o conceito de aldeia global, do filósofo Herbert McLuhan, que demonstra um mundo multiconectado caracterizado por sua facilidade comunicativa. Ideia essa, que na realidade da população idosa não é um fato verossímil.         Diante dos fatos supracitados, percebe-se que a terceira idade anseia por uma real integração digital. Para isso, o Ministério da Educação em parceria com o terceiro setor, podem promover o ensino digital, nas escolas,  direcionado para um eficiente manuseio das ferramentas tecnológicas. Ação essa, que deve ser realizada por jovens alunos, propiciando a integração digital do idoso, além de fortalecer vínculos interpessoais. Outrossim, empresas do ramo tecnológico carecem adaptar seus dispositivos para a população idosa- por meio de smartphones e computadores cada vez mais autodidatas, como também desenvolver aplicativos que possam interagir com os usuários buscando facilitar o uso das novas tecnologias- tendo em vista ampliar a inclusão dessa parcela social na realidade digital. Essas são apenas algumas medidas que poder ser tomadas objetivando efetivar a ideia de Herbert McLuhan.