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Enviada em: 27/09/2018

Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com problema do outro. No entanto, quando se observa a questão da inclusão digital para a terceira idade, no brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela falta de educação digital, seja pelo desinteresse dos familiares. Nesse contexto, convém  analisarmos as principais consequências de tal postura negligenciada pela sociedade.         É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo Aristóteles, a política  deve ser utilizada  de modo que, por meio da justiça o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a educação digital rompe essa harmonia, haja visto a ineficácia de politicas que incluam idosos nesse contexto, o que reflete na ausência de igualdade desses perante os demais.       Outrossim, destaca-se o descaso dos familiares como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, datada da exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a falta de paciência  e de tempo dos mais jovens em explicar os mecanismos da tecnologia para os idosos, acaba por resultar na exclusão digital desses.       É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de politicas que visem à construção de um brasil melhor. Destarte, a inclusão digital para os idosos deve ser uma prioridade. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transfora as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo o ministério da educação (MEC) deve instituir, nas escolas palestras ministradas por psicólogos que discutem o combate a exclusão tecnológica na terceira idade, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.