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Enviada em: 02/10/2018

Para o filósofo René Descartes, “todo indivíduo tem o desejo de se sentir parte integrante de um evento”. A conhecida frase permite intender o motivo da inclusão digital, e os seus desafios perante à terceira idade. Barreiras essas que tem origem no não auxilio familiar ao aprendizado, bem como as dificuldades de lidar com a tecnologia pelos mais velhos.    Em primeiro lugar, é importante entender que o não auxílio por parte da família no processo de aprendizagem implica sobre o desafio da inclusão digital da terceira idade. Isso porque, o não interesse vindo dos mais próximos em ensinar os mais velhos a usar uma ferramenta tecnológica simples como o celular, não contribui para a inclusão, além de contrariar a tese de Habermas, o qual acreditava que incluir é se aproximar e trocar experiências. Logo, nesse caso é imprescindível a atuação da família sobre a questão.    Outrossim, a dificuldade de lidar com o mundo digital também se configura como outro desafio. Pois, segundo dados da USP, 40% dos mais velhos tem receio de usar e danificar os aparelhos eletrônicos, número esse que evidencia um medo por parte da terceira idade em utilizar os recursos tecnológicos, sejam eles celulares ou computadores, o que pode causar uma rejeição das mesmas. Fato esse oposto a premissa de Descartes, e precisa ser superado através do ensino inclusivo.    Portanto, medidas devem ser adotadas para que os desafios da inclusão digital sejam superados. Para que isso ocorra, à família deve incentivar e mostrar a tecnologia aos mais velhos, por meio de gesto de empatia, com o objetivo de ensinar e ajudar no uso dos aparelhos digitais, garantindo assim o objetivo à terceira idade. Além disso, as universidades podem oferecer cursos gratuitos de informática, através de seus laboratórios de tecnologia, a fim de ajudar o idoso a superar os tais medos, e consequentemente vencer os desafios inclusivos. A partir dessas ações, espera-se promover o mundo tecnológico aos mais velhos.